Política
JHC ABRE SESSÃO NA CÂMARA E RENAN FILHO NA ASSEMBLEIA
Prefeito confirma reforma administrativa e fiscal e governador faz prestação de contas


Não vai demorar para o prefeito João Henrique Caldas (PSB) anunciar medidas para a contenção de gastos públicos do município de Maceió. Ele voltou a falar da difícil situação financeira que encontrou os cofres públicos e garantiu que será necessário realizar uma reforma administrativa e fiscal. Para isso já estão sendo articulados decretos com base nos levantamentos feitos nas secretarias e órgãos que estão sendo devidamente analisados por sua equipe jurídica. A revelação foi feita durante sessão solene que marcou o retorno dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal de Maceió. “Herdamos uma dívida de mais de R$ 330 milhões. Gastávamos mais do que arrecadavamos. Preciso que a casa do povo esteja apoiando os projetos do povo. Estou feliz em participar desse momento histórico, nesse novo momento”, destacou JHC. Ele reconheceu que o impacto das medidas dará um caráter de austeridade de sua gestão, o que não significará engessamento. Tanto que em seguida listou uma série de ações que têm sido possível fazer com o que dispõe sem gastar nada além do que o município já possui. Segundo JHC, foi mesmo a necessidade e o “querer fazer” que até o momento têm feito a diferença.
INÍCIO DA GESTÃO
JHC enfatizou por mais de uma vez que os problemas financeiros encontrados não lhe impediram de nos primeiros 49 dias de trabalho avançar em algumas questões importantes para a população. Ele lembrou a redução da passagem, mutirão no Mercado da Produção, em algumas encostas, qualificação de ambulantes, ciclovia da Fernandes Lima, retirada do município do Cauc e iniciativas para a desburocratização. Ao se dirigir aos vereadores, se colocou à disposição para ser cobrado porque foi parlamentar por dez anos e sempre atuou dessa maneira. Porém, alertou para a importância de que a atuação seja reflexo de demandas reais colhidas nas comunidades, porque deste modo as ações do Executivo poderão ocorrer de forma planejada e sistemática nas áreas onde existem mais carências. Quem também confirmou a necessidade de uma grande reforma administrativa foi o vice-prefeito Ronaldo Lessa (PDT). Com a experiência de ter governado a cidade e o Estado por dois mandatos, ele reconheceu que algumas estruturas estão comprometendo o funcionamento da gestão. Uma das áreas é a Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente. “Tem coisa na prefeitura que tem que mudar e rápido. Por exemplo, tem coisas da Sedet que não dão para ficar”, enfatizou Ronaldo sem dar mais detalhes.
SECRETARIA
Tudo indica que uma das ações envolve o desmembramento da secretaria que foi fundida na gestão de Rui Palmeira como forma de “economizar”, mas que na atual tem custado a agilidade para a solução de problemas. Nem Lessa, nem JHC deixaram claro se isso significará o surgimento de uma nova secretaria. Entretanto, nos bastidores da Câmara isso chegou a ser especulado. Como tanto a reforma administrativa e fiscal têm relação direta com a execução de recursos, o orçamento que está sendo concluído em conjunto ainda não foi encaminhado à Casa para a sua aprovação. Assim, JHC está administrando com 1/12 avos dos valores aprovados para o último ano da gestão passada.
