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“SERTANEJO NÃO QUER ESTRADA, QUER É ÁGUA”

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“O sertanejo não quer duplicação de estrada, nem obra faraônica. Neste momento, ele quer água”, bradaram deputados na Assembleia Legislativa, entre eles o deputado sertanejo Inácio Loiola (PDT), que condenou um suposto projeto de novo leilão para ¨privatização da distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto no sertão, semelhante ao da região metropolitana. Os parlamentares cobraram investimentos no sistema de distribuição de água. Curioso que o sertão de Alagoas, apesar de ser a região que menos chove [média de 400 milímetros/ano], é a que tem mais água perene, disse o deputado sertanejo Inácio Loiola, também estudioso das condições climáticas da região. Ele destacou o rio São Francisco e o Canal do Sertão como os dois maiores mananciais. “Apesar da abundância, ironicamente o maior problema da região é a falta de água e de vontade política. O sertanejo morre de sede em frente aos mananciais”. O canal tem 29 anos de construção, hoje tem 120 quilômetros prontos com água e vazão de 36 m³/s. A vazão dos dois canais da transposição do velho Chico que atende Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará é de 123 m³/s. Além da zona rural, cidades como a de Senador Rui Palmeira, que fica a menos de cinco quilômetros do canal, passa dois meses sem água nas torneiras. O mesmo acontece nas cidades de São José da Tapera, Pariconha entre outras cidades. “A prioridade da nossa região é água”, repetiu Loiola. Em Ouro Branco, a população fica até quatro meses sem água. Loiola disse que o governo não investe no sistema há muitos anos. “A adutora do alto sertão foi construída no governo de Guilherme Palmeira (atende os municípios de Delmiro Gouveia, Olho D’água do Casado, Inhapi, Canapi, Mata Grande e Pariconha), em 1983. A adutora do médio sertão com captação na cidade de Pão de Açúcar foi construída 1994 para atender os municípios de Pão de Açúcar, Palestina, São José da Tapera, Carneiros, Senador Rui Palmeira, Olho D’água das Flores, Oliveira, Santana do Ipanema, Maravilha e Ouro Branco.

Um ano depois de construída absorveu a demanda da adutora da cidade de Belo Monte e abastece também a Bacia Leiteira (Monteirópolis, Jacaré dos Homens, Batalha, Major Izidoro e Cacimbinhas). De lá para cá, a população mais que triplicou e Casal não aumentou a oferta. O que se precisa agora é planejamento e distribuir o que tem em abundância para atender a população, produção de alimento e matar a sede dos animais”, diz.

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