O presidente do Centro Inter-universitário da América Latina, África e Ásia (Ciela), professor Almeri Bezerra, contratado pelo Unicef para fazer um diagnóstico sobre a situação de Meninos e Meninas em situação de risco, entregou, ontem, ao Unicef e à prefeita Kátia Born, a pesquisa realizada em outubro passado, onde consta que existem 459 crianças e adolescentes com idades de 12 a 18 anos em situação de risco. A pesquisa foi entregue à prefeita numa sessão pública na sede da Procuradoria Geral de Justiça. A pesquisa custou ao Unicef R$ 15 mil. “A pesquisa mostra a situação de crianças e adolescentes que passam os dias mendigando, perambulando, cheirando cola e impondo serviços como limpar pára-brisas nos sinais. Ela será importante para prefeitura traçar políticas públicas para melhorar a qualidade de vida dos jovens em situação de risco”, frisou o coordenador do Unicef, Fábio Atanásio. As entidades presentes à sessão questionaram o número e avaliaram que a situação é mais grave que a diagnosticada pelo Ciela. Kátia estava na sessão com a maioria dos auxiliares ligados à Educação. “Esta pesquisa vai nos auxiliar bastante. Mas já estamos trabalhando para tirar crianças e adolescentes das ruas”, disse a prefeita ao acrescentar que, através do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, solicitou a pesquisa ao Unicef. “Nos últimos três anos, tiramos das ruas cerca de 1.500 crianças e adolescentes”, disse Kátia ao anunciar que, a partir de fevereiro, vai implantar um programa para gerar oportunidade de apreender uma profissão para 500 crianças de 12 a 17 anos. “Os jovens vão estudar um horário e aprender uma profissão no outro e ainda vai receber 70% do salário mínimo”, prometeu. O programa começa em fevereiro. (AF)