app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 0
Política Bares e restaurantes vão poder funcionar principalmente no horário do almoço

APÓS PRESSÃO, GOVERNO LIBERA FUNCIONAMENTO DE BARES E RESTAURANTES

Estabelecimentos só podem funcionar até as 16h; toque de recolher segue valendo entre 21h e 5h em todo o Estado

Por HEBERT BORGES e MARCOS RODRIGUES | Edição do dia 06/04/2021 - Matéria atualizada em 06/04/2021 às 04h00

Pressionado pelo setor produtivo, o governo de Alagoas anunciou uma revisão do decreto de isolamento social. A principal mudança diz respeito à autorização para que bares e restaurantes possam funcionar das 5h até as 16h já a partir desta terça-feira (6). Além disso, o toque de recolher entre 21h e 5h está mantido. Alagoas retornou à Fase Vermelha do Plano Estadual de Distanciamento Social no dia 19 do mês passado. Nas últimas semanas, alguns empresários anunciaram demissões em massa, tendo em vista a queda do faturamento em razão do fechamento das portas. Atualmente, os bares e restaurantes só podem funcionar na modalidade “pague e leve”. Um dia após o anúncio do governo de Alagoas de colocar todo o Estado na Fase Vermelha de distanciamento social, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL) disse estimar que as medidas devem causar um prejuízo semanal de R$ 119,6 milhões no Comércio e Serviços do Estado. A entidade calculou uma queda percentual de 28,57% na receita semanal das empresas do setor. Isso porque, além de fechar as portas aos finais de semana, o Comércio no Centro deve fechar às segundas-feiras e os shoppings centers fecharão às terças-feiras. De acordo com a entidade, estima-se que o faturamento potencial do setor de Comércio e Serviços gira em torno de R$ 418,6 milhões semanalmente. Dados da Receita Federal do Brasil (RFB), apontam que Alagoas possuía, em 2020, mais de 143 mil empresas ligadas ao setor de Comércio e Serviços, gerando um faturamento anual estimado em R$ 21,828 bilhões, o que representa uma receita diária de R$ 59,8 milhões. Segundo o presidente da Abrase/AL, Thiago Falcão, mesmo sem ter sido discutida previamente com a categoria, assim como a que determinou o fechamento de forma indiscriminada, o recuo é visto como algo significativo por parte dos empresários. “É um passo. E ele é importante e deve atingir em torno de 70% de nosso segmento e tem influência entre a manhã e o almoço. Isso não quer dizer que retornamos em 70% da atividade plena, porque final de semana é algo importante. Temos 30% que só vive da noite como a tapioca, as sanduicherias, como os restaurantes que sobrevivem do jantar. É importante, mas queremos que o governo continue avançando, principalmente, no pleito que queremos que é acompanhar o funcionamento do comércio, incluindo shoppings”, disse. A Abrasel/AL espera que nos próximos sete dias, prazo dado pelo governo do Estado, para a nova avaliação do decreto o setor de bares possa ser incluído no modelo de trabalho que eles vêm propondo desde que vinham discutindo com o Executivo alternativas de funcionamento. O segmento dos ambulantes, que atuam na areia da praia, também acreditam que o novo decreto vai amenizar a situação da categoria. Eles trabalham negociando comida, refrigerante e alugam as conhecidas sombrinhas com cadeiras para turistas, bem como os moradores da cidade. “Sobre o novo decreto, a questão dos ambulantes da faixa de areia, nós que estávamos passando por situação delicada, dá uma amenizada, pois iremos trabalhar de segunda a sexta, Já é uma ajuda. Mas a campanha continua”, disse Hernades Ferreira, porta-voz do grupo Unidos Pela Praia. Como ainda vai demorar para que se recuperem financeiramente, eles estão com uma campanha para arrecadar fundos e ajudar os mais necessitados da categoria. Quem puder ajudar pode levar donativos não perecíveis à Praia de Pajuçara, em frente ao restaurante Dragão, no quiosque ao lado da Guarda Municipal. Para doações em dinheiro, a chave é Pix 647.043.354-53 Durante a entrevista, Renan Filho foi indagado sobre quando e como será a ampliação da vacina para outros grupos, além dos chamados prioritários. Ele explicou que isso é algo que já vem sendo discutido internamente no governo, porém, tem como base a remessa de vacinas.

Mais matérias
desta edição