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BRAGA NETTO PÕE LIMITES A BOLSONARO

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Brasília, DF - O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, afirmou nesta terça-feira (6) que a pasta continuará com sua missão de defesa da pátria e dos três Poderes, seguindo orientação do presidente Jair Bolsonaro e dentro “das quatro linhas do que prevê a Constituição”. As declarações de Braga Netto ocorreram no Palácio do Planalto, durante cerimônia de transmissão de cargo dos ministros indicados com mudanças feitas por Bolsonaro na semana passada. “O trabalho lá [na Defesa] continua árduo, não muda nada. A Defesa continua com sua missão constitucional de defesa da pátria e dos poderes constitucionais, e conforme a orientação do senhor [Bolsonaro], dentro das quatro linhas do que prevê a Constituição”, disse. “A Defesa continua na sua missão, na sua prioridade hoje do [combate à] Covid. A Defesa já tem auxiliado, é um trabalho que continua, não tem nada de novo no que tem sido feito. É um trabalho coordenado entre as três forças”, disse o novo ministro da Defesa. “Ela [Defesa] continua com o seu auxílio à população mais carente, à vacinação de índios, a vacinação de maneira geral -a prioridade hoje é a vacinação. A Defesa estará pronta, presidente, a cumprir o que o senhor [Bolsonaro] determinar como comandante em chefe e, conforme a sua própria orientação, dentro do que prevê a Constituição”, completou Braga Netto. Braga Netto assume na vaga deixada pelo general Fernando Azevedo e Silva, demitido por Bolsonaro na semana passada na esteira da maior crise militar registrada desde a redemocratização do país. A demissão de Azevedo ocorreu em um momento em que o presidente vinha cobrando da Defesa manifestações políticas favoráveis a interesses do governo. O presidente também buscava apoio nas Forças Armadas à ideia de decretar estado de defesa para impedir a adoção de medidas de restrição por governos estaduais e municipais por causa da pandemia da Covid-19. Além disso, Azevedo vinha bloqueando as investidas do presidente pela saída do general Edson Pujol do comando do Exército. Como resultado da demissão de Azevedo, Pujol e os comandantes da Marinha e da Aeronáutica também deixaram seus postos. Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira, parte expressiva da cúpula do Exército ainda está ressentida com as trocas efetuadas pelo Palácio do Planalto. A carta de demissão de Azevedo, em que ele argumenta ter preservado as Forças Armadas como “instituição de Estado”, também foi interpretada como uma tentativa de Bolsonaro de aprofundar a politização dos militares, o que gerou novas críticas contra o mandatário. Para tentar evitar o adensamento da crise, Bolsonaro decidiu respeitar critérios de antiguidade na escolha dos novos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Além de Braga Netto, nesta terça-feira houve a transmissão de cargo dos novos ministros da Casa Civil (Luiz Eduardo Ramos), da Justiça (Anderson Torres), das Relações Exteriores (Carlos França), da Secretaria de Governo (Flávia Arruda) e da Advocacia-Geral da União (André Mendonça). Fechada à imprensa, a solenidade não foi transmitida pelos canais oficiais da Presidência. Os discursos foram disponibilizados posteriormente e veiculados por um site bolsonarista. As cerimônias de transmissão de cargo desta terça-feira (06) ocorreram de forma sequencial. Entre os convidados da posse da deputada Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo, estava o comandante do partido, Valdemar Costa Neto.

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