Informações obtidas pela reportagem indicam que o Estado deve repassar entre 10% e 12% do valor depositado. Porém, o percentual não foi discutido oficialmente entre os dois gestores. Durante a semana, a Secretaria Estadual de Infraestrutura foi procurada para se manifestar sobre o assunto, já que os projetos de execução a serem executados ou em execução passam pela pasta.
Mesmo diante do pedido de contato oficial via e-mail, depois de um primeiro contato via app não houve nenhuma confirmação de envio. Ainda na última sexta-feira foi feito um novo contato, desta vez telefônico, mas sem sucesso.
ALERTA
A possível disputa, que começa a se tornar pública, endossa as críticas feitas pelo Sindicatos dos Urbanitários. Ao falar do assunto, a titular da entidade, Dafne Orion, foi enfática em dizer que desde o início a entidade já havia feito alertas de que o dinheiro do que considera privatização do sistema ficaria sobre domínio do Estado. “E enviamos todos os documentos com todas as observações e principalmente essa, de que o dinheiro da venda ficaria totalmente a cargo do governo do estado. Mas com a criação da da lei da região metropolitana, as prefeituras passaram esse poder para uma assembleia metropolitana onde a maior porcentagem dos votos está com o governo”, lembrou Dafne. O trabalho de convencimento, porém, não gerou uma reação em cadeia dos envolvidos. Pelo contrário, seja por desconhecimento, envolvimento político e omissão por conta do fim de algumas gestões, o processo foi sendo aceito. Para o Sindurbanitários, os efeitos já começaram a aparecer. “Fizemos de tudo. Mas infelizmente a única prefeita que questionou antes da venda o processo foi a de Marechal Deodoro. Ainda conseguiu uma liminar que impedia o leilão , mas foi derrubada no mesmo dia. A prefeitura de Maceió e as demais envolvidas não se posicionaram”, concluiu Dafne.