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Nº 5759
Política

Jo�o Ten�rio discute candidatura ao governo de Alagoas/Parte I

MOZART LUNA Determinação, equilíbrio e segurança marcaram o pronunciamento do industrial João Tenório, ao colocar seu nome à disposição de possíveis coligações do PSDB ao governo do Estado, em pronunciamento para mais de 200 empresários e líderes polí

Por | Edição do dia 07/04/2002 - Matéria atualizada em 07/04/2002 às 00h00

MOZART LUNA Determinação, equilíbrio e segurança marcaram o pronunciamento do industrial João Tenório, ao colocar seu nome à disposição de possíveis coligações do PSDB ao governo do Estado, em pronunciamento para mais de 200 empresários e líderes políticos do Vale do Paraíba e da Grande Maceió, na última terça-feira, no Pilar. O encontro foi organizado pelo prefeito Carlos Alberto Canuto, considerado uma das grandes lideranças municipalistas de Alagoas e que possui um dos maiores índices de aprovação no Interior. Em seu pronunciamento, o pré-candidato do PSDB ao governo fez uma análise criteriosa sobre o desenvolvimento sócio-político e econômico de Alagoas. João Tenório tocou num dos problemas mais graves que aflige milhares de famílias alagoanas: o desemprego. O industrial afirmou que Alagoas sofreu, nos últimos anos, um processo de desindustrialização com a fuga de empresas para outros Estados. Segundo ele, mais de 60 mil jovens alagoanos ingressam todos os anos no mercado de trabalho, mas não encontram ocupação. As conseqüências disso, ainda de acordo com Tenório, são o agravamento de problemas sociais e do empobrecimento que, claramente, existe em Alagoas. Empregos Na condição de grande empregador (suas empresas geram mais de sete mil empregos diretos), o industrial acredita que a criação de empregos e renda deve ser uma das principais preocupações de qualquer governante. O empresário enfatizou que a falta de postos de trabalho em Alagoas é um dos problemas mais sérios a ser resolvido, como prioridade, por quem assuma o governo em 2003. Para ele, o desemprego tira a dignidade do homem, e evita a promoção social. “Alagoas foi o único Estado nos últimos cinco anos que andou em sentido contrário aos outros do Nordeste. Aqui assistimos à fuga de empresas para outras unidades da Federação, enquanto que em Estados vizinhos houve um aumento significativo na instalação de novas empresas”, afirmou ele. Segundo estatísticas disponíveis, se instalaram, afirma João Tenório, em Sergipe, Ceara, Pernambuco e Paraíba centenas de indústrias de porte. “Isso fora as empresas que não buscam incentivo do governo estadual para abrir suas portas como também as micro e pequenas empresas, que se contam aos milhares nestes Estados”, destacou ele. Lei de Incentivos O industrial apontou a falta de uma política específica para geração de empregos em Alagoas como a causa do grande desemprego que atinge as famílias alagoanas. Para ele, o governo não deve gerar empregos, mas fomentar a criação de postos de trabalho, para isso deve utilizar de instrumentos como uma legislação específica. “O Estado possui uma boa Lei de Incentivos Fiscais, que foi aprovada pela Assembléia Legislativa com o objetivo de atrair investimentos. Entretanto, a falta de vontade política praticamente impede sua utilização por empresas incentivadas, visto o descasamento de propósitos entre a entidade que homologa os incentivos e os departamentos governamentais que coíbem sua utilização. Reclamações de empresas incentivadas que são autuadas é rotina nos encontros do órgão que congregam lideranças das diversas classes empresariais” - disse. “Essa prática de se criar incentivos fiscais existe em todos os Estados nordestinos, que tentam sobreviver a concorrência das regiões mais desenvolvidas do País. Um dos exemplos mais emblemáticos foi a preferência da Ford do Brasil em se instalar na Bahia em vez de R.G.S., graças aos maiores atrativos que aquele Estado ofereceu.

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