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Nº 5759
Política

PT dividido define hoje pr�-candidato a prefeito

MARCOS RODRIGUES O Partido dos Trabalhadores decide, hoje, o seu pré-candidato à sucessão da prefeita Kátia Born (PSB), além de seu futuro político na capital. Na disputa, Cláudia Amaral e o deputado Paulo Fernando dos Santos. Ambos lutam para manter a u

Por | Edição do dia 31/01/2004 - Matéria atualizada em 31/01/2004 às 00h00

MARCOS RODRIGUES O Partido dos Trabalhadores decide, hoje, o seu pré-candidato à sucessão da prefeita Kátia Born (PSB), além de seu futuro político na capital. Na disputa, Cláudia Amaral e o deputado Paulo Fernando dos Santos. Ambos lutam para manter a unidade do partido, mas sabem que ele já está divido, desde a expulsão de sua maior estrela, a senadora Heloísa Helena. Enquanto Cláudia tenta manter a linha defendida pela ex-petista, Paulão busca emplacar a nova versão do partido: a conciliadora. Nos debates organizados pelo partido e previstos no regimento interno, ambos deixaram claro suas divergências quanto à forma de encarar a conjuntura política nacional. Sobre a gestão local do Estado e município, mantêm discursos semelhantes ao se colocarem como oposição ao PSB. Avanço A candidatura de Cláudia demonstrou um pequeno avanço interno. Depois da desistência da também pré-candidata professora Lenilda Lima, ela conta com o apoio de sua tendência, a Democracia Socialista. Além dela, conta ainda com o “PT de Cara Própria” e corrente “O Trabalho”. Isso deixa sua pré-candidatura como a mais a esquerda do partido. Esse espectro ideológico não agrada ao Palácio do Planalto, justamente pelas críticas à gestão do presidente. Foi por causa de questionamentos contra as reformas da previdência e tributária que os chamados “radicais do partido” liderados pela senadora Heloísa foram expulsos. Paulão agrega como apoio as tendências “Unidade na Luta” e “Articulação de Esquerda”. Essa discussão interna afastou do PT os militantes sem tendências que sempre tiveram na figura do presidente Lula o marco para as mudanças sociais do País. O resultado é que hoje, em Maceió, prevalecem a existência de dois grupos distintos: os que integram o governo e os que criticam sua atuação. Superficiais Tanto Paulão como Cláudia discutem a gestão municipal de forma superficial. Nem um nem outro tiveram experiências administrativas, fator decisivo para se traçar uma política de gestão fundamentada na realidade da cidade. Recuo Mas a crítica mais forte surge dentro do próprio PT. Para o ex-presidente do Diretório Municipal, Ricardo Coelho, se Cláudia sair vitoriosa das prévias, o partido pode não conseguir eleger nenhum dos vereadores (Thomaz Beltrão e Judson Cabral), por conta do seu posicionamento quanto às alianças. Coelho é ex-integrante da tendência “PT de Cara Própria”, mas se afastou em novembro do ano passado, antes de assumir a Delegacia Regional do Trabalho. “Precisamos de uma candidatura com densidade eleitoral, porque do contrário o partido pode até encolher”.

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