Funcionários do Hospital Arthur Ramos ficaram assustados, ontem à tarde, quando um forte aparato das polícias Civil e Militar cercou o local para reforçar o esquema de segurança do deputado Cícero Ferro (PMDB), internado há uma semana, vítima de atentado em Minador do Negrão. A grande movimentação dos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do grupo Tigre, da Polícia Civil, levou a direção do hospital a pedir à Secretaria de Defesa Social para reduzir o aparato. O esquema de segurança foi reforçado por determinação do governador Ronaldo Lessa (PSB). O governador atendeu solicitação da esposa do parlamentar, Eladja Ferro, que teme novo ataque contra seu marido, que está em coma induzido. À noite, a situação foi contornada e a movimentação diminuiu. Boletim No último boletim médico de ontem, sobre o quadro clínico do deputado, constava o seguinte: “O paciente Cícero Paes Ferro permanece sob sedação, respirando através de aparelhos e não apresentou nenhuma alteração clínica neurológica nas últimas horas. Permanece grave, porém estável”. O boletim estava assinado pela chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Arthur Ramos, médica Waléria Wanderley, e pelo diretor médico do hospital, Edeildo Mendonça. O diretor médico também afirmou que, por enquanto, não há necessidade de transferência do paciente para um centro de tratamento neurológico de São Paulo, como chegou a ser cogitado por parentes. A irmã do deputado, Quitéria Ferro, também negou a transferência dele para São Paulo. Para a família, tudo não passa de boatos. Ela também manifestou, através da assessoria da Assembléia Legislativa, que confia no esquema de segurança cedido pelo governo do Estado e não pretende solicitar novas equipes. Os médicos voltaram a tranqüilizar os familiares de Cícero Ferro, afirmando que o paciente reage bem a estímulos. Assessores do deputado que tiveram acesso ao seu apartamento confirmaram essa informação. Eles chegaram a dizer que a melhora física do paciente é visível. (AF/MR)