Com apoio do PFL e PTB, governo aprova seguro-apag�o na C�mara
Brasília O PFL saiu da obstrução na Câmara e o governo conseguiu aprovar a medida provisória (MP) que transfere para os consumidores os prejuízos das concessionárias de energia elétrica com o racionamento. A MP, aprovada ontem à noite por 275 votos a
Por | Edição do dia 11/04/2002 - Matéria atualizada em 11/04/2002 às 00h00
Brasília O PFL saiu da obstrução na Câmara e o governo conseguiu aprovar a medida provisória (MP) que transfere para os consumidores os prejuízos das concessionárias de energia elétrica com o racionamento. A MP, aprovada ontem à noite por 275 votos a favor, 144 contra e oito abstenções, aumenta em 2,9% as tarifas de energia elétrica dos consumidores residenciais. Esse reajuste irá vigorar, em média, por seis anos. Para ganhar o apoio maciço do PFL, inclusive dos pefelistas da Bahia que ameaçam votar contra a proposta, os líderes dos partidos aliados ao Palácio do Planalto comprometeram-se a atender algumas reivindicações, como a liberação de mais verbas para os oito Estados governados pelo partido. A pedido do PFL, o governo estuda a possibilidade do presidente Fernando Henrique Cardoso de não vetar a parte da medida provisória que aumentou em quase R$ 1 bilhão a renegociação das dívidas dos agricultores. Esta MP foi aprovada na semana passada pela Câmara e, inicialmente, estabelecia um alongamento das dívidas de cerca de R$ 3 bilhões. Mas, na versão aprovada, essa renegociação passou para quase R$ 4 bilhões. O estudo para não vetar a MP está sendo feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente. O PFL decidiu apoiar o governo por uma questão de sobrevivência. Rachado internamente, o partido precisava dar uma demonstração de força e união. E foi com esses argumentos que a cúpula do partido fez uma longa negociação com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, que ameaçava pôr toda a bancada pefelista baiana para votar contra a proposta.