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Nº 5884
Política Maceió, 08 de março de 2021 
Movimento nos bares durante a nova fase na pandemia em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz

SETOR TURÍSTICO E DE EVENTOS FECHARÁ SEMESTRE NO VERMELHO

Medidas de restrição por causa do pandemia do coronavírus vêm sufocando as atividades de hotéis, bares e restaurantes

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 08/05/2021 - Matéria atualizada em 08/05/2021 às 04h00

Maceió, que estava na preferência nacional como local ideal para descanso e férias, caiu para quatro lugar, revela a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – Abih/AL. Considerado como dos setores mais importantes por impactar em 95% das atividades da economia de Alagoas, o turismo entrou num processo preocupante de queda por causa das medidas sanitárias contra o coronavírus. O abre e fecha dos segmentos sufoca as atividades. Os empresários estão endividados e promovem demissões. Antes da pandemia, a cadeia do setor estava em aquecimento na geração de empregos, renda e tributos. O aeroporto recebia 25 voos diários. Hoje, em média, dez voos. A hotelaria, bares, restaurantes fecham o semestre no vermelho. O turismo de negócios, que esperava recepcionar 20 eventos de médio e grande portes, terá faturamento zero. Eventos sociais, como grandes casamentos, shows, festas públicas e privadas, cinemas e teatros permanecem suspensos. Mesmo que aconteçam festas juninas, não é possível contabilizar perspectivas de recuperar os prejuízos a curto prazo. A aposta de bares, restaurantes, lojistas e artesãos está no movimento deste Dia das Mães, que vem dando sinais animadores. Outro que opera no vermelho é a hotelaria. A Associação Brasileira da Indústria Hoteleira-ABIH- tem 88 associados em Alagoas, a maioria estabelecido em Maceió. O Estado conta com cerca de 32 mil leitos e Maceió com quase 19 mil. Os associados disponibilizam 13.165 leitos na capital e 3.136 no interior. No início da pandemia, no ano passado, três hotéis (dois em Maceió e um em Barra de São Miguel) fecharam definitivamente. As medidas sanitárias, que provocaram “abre e fecha” dos empreendimentos do turismo, deixaram o segmento no vermelho, disse o presidente da Abih/AL, André Santos. “Os hoteleiros não fecharam, mas não tiveram quem hospedar. Estão com dívidas e não podem fechar as portas para esperar a melhora econômica, porque se fechar não reabrem mais”. No balanço que fez, Santos revelou que, de outubro a janeiro, o setor começou a se recuperar, registrando mais de 70% de ocupação. Com a nova onda de infecção e mortes, seguida das medidas restritivas e o “lockdown”, o nível de ocupação caiu radicalmente. “A hotelaria está com taxa de ocupação inferior a 20%. Tem gente com taxa crítica”, diz ele. As previsões são piores para maio e junho, que, tradicionalmente, são auges de baixa temporada. “A inconstância da vacinação, estabilização em alta de mortes e infectados, o período chuvoso, são fatores ruins para o topo da cadeia do turismo. Os meses de junho e julho devem permanecer com baixa ocupação e faturamento na maioria dos segmentos”, prevê André Santos. As projeções do presidente do Abih são com base no volume de cancelamento de reservas de voos para o Nordeste, particularmente para Alagoas. Já foram registrados 25% de cancelamentos de reservas. A ocupação antes dos decretos estava em 71% entre os associados da Abih, em seguida caiu para menos de 50%.

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