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Nº 5884
Política Operação do Gaesf desarticulou um grande esquema de fraude fiscal

INVESTIGAÇÃO IDENTIFICA 121 LARANJAS NO ESQUEMA DE FRAUDES FISCAIS

Durante a Operação Noteiras foram cumpridos 24 mandados de prisão em Alagoas e São Paulo

Por Jamylle Bezerra e Laura Bastos | Edição do dia 13/05/2021 - Matéria atualizada em 13/05/2021 às 04h00

Um dos maiores esquemas de fraudes fiscais registrados em Alagoas foi desarticulado, nesta quarta-feira (12), durante operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), com cumprimento de mandado em Alagoas e também no estado de São Paulo. Durante as investigações, foram identificados 121 sócios laranjas, por meio dos quais as autoridades chegaram aos chefes do esquema.

De acordo com o Gaesf, muitos desses laranjas sequer sabem que estão integrando um esquema criminoso, pois estão apenas tendo os dados utilizados para a emissão de notas fiscais. Diante disso, e tendo em vista que a operação continua, os nomes identificados estão sendo investigados e ainda é cedo para apontar a participação de cada um deles. O envolvimento de agentes públicos também está sendo analisado pelas autoridades, mas não está descartado.

Somente em Alagoas, 132 empresas foram investigadas, além de 89 em São Paulo e 16 em outros Estados. Batizada de ‘Noteiras’, a operação teve início ainda na madrugada e cumpriu 24 mandados de prisão, sendo 9 presos em AL e 13 em SP. Duas pessoas ainda não foram detidas: uma em Alagoas, que é considerada foragida, e outra em SP, que estaria em negociação para se entregar.

Durante coletiva realizada no final da manhã desta quarta, na sede do Ministério Público de Alagoas (MPAL), o promotor Cyro Blatter informou que o esquema foi descoberto pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), quando um fiscal notou algo estranho nas notas fiscais emitidas. “Foi quando a secretaria movimentou a máquina e o caso chegou até o Ministério Público e a Polícia Militar”, afirmou o promotor.

As autoridades revelaram que a maioria das empresas era do setor de plástico, mas por ser um esquema complexo, ainda não há certeza sobre todos os produtos envolvidos.

De acordo com o Gaesf, a organização criminosa (Orcrim) era especializada no cometimento de fraudes fiscais que podem chegar à casa dos R$ 4 bilhões. As fraudes aconteceram por meio da emissão de cerca de 20 mil notas fiscais e os prejuízos para os cofres públicos chegam à casa dos R$ 450 milhões.

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