app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 0
Política

SEM A VOLTA À NORMALIDADE, NÃO É POSSÍVEL AVALIAR PLANO DE SEGURANÇA

Presidente da Associação das Praças Militares diz que governo está sacrificando a categoria

Por thiago gomes | Edição do dia 15/05/2021 - Matéria atualizada em 15/05/2021 às 04h00

Presidente da Associação das Praças Militares de Alagoas (Aspra/AL), o sargento Wagner Simas Filho diz que, para saber se o plano de segurança pública do governo está funcionando seria necessário que o Estado voltasse a ter uma rotina de normalidade, com trânsito de pessoas que circulam aleatoriamente em todos os setores, como escolas, praias, eventos e nas ruas. “Quando a sociedade voltar a ter uma vida normal, aí, sím, iremos saber se o plano é eficaz. Agora, é impossível se prever isto e afirmar que a redução tem relação com as ações do Estado”, analisa o militar. Ele reforça que, na pandemia, as pessoas saíram menos, não se deslocaram para o trabalho (como os servidores públicos de todas as esferas), reduziram o convívio nas ruas, como em bares, confraternizações, em diversões na praia. Segundo Simas, o cotidiano das pessoas foi cerceado em decorrência do período de calamidade. Consequentemente, como ele pensa, com menos pessoas circulando, o crime diminuiu. “Entretanto, mão se pode desmerecer a atuação das polícias, que foi mantida em sua totalidade ao longo da pandemia, mas, na essência, não se deve dizer que os crimes foram reduzidos exclusivamente pelo projeto de segurança colocado pelo governo, quando estávamos vivendo uma época com queda drástica de festejos, ocasiões em que a violência impera”. Ele acrescenta que, neste período de isolamento social e de medidas restritivas de circulação de pessoas nas ruas, o trabalho das forças de segurança não parou e ainda teve um incremento: precisou se adequar à rotina de fiscalização para o cumprimento do decreto. “A fachada que o governo tenta exibir é de uma segurança pública que, na verdade, não existe. Quer usurpar o material humano, colocando em escalas extras, na força-tarefa, para trabalhar quando se está de folga. O governo, com esta medida, não está colocando nas ruas o efetivo que a sociedade precisaria, mas sacrificando os policiais quando estes deveriam estar descansando de uma jornada muito estressante, se recuperando psicossocialmente para a escola regular”, reclama.

Mais matérias
desta edição