Política
SERVIDORES PODEM PARAR POR REAJUSTE SALARIAL
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Com quatro anos sem nenhum tipo de reajuste salarial, os servidores públicos municipais irão se reunir em assembleia geral, para pressionar a gestão do prefeito João Henrique Caldas (PSB). Em pauta, a recomposição salarial para as diversas atividades que desempenham na estrutura municipal. A direção da entidade que representa os servidores tem mantido contato com integrantes da área econômica da prefeitura. Entretanto, até o momento ainda não chegaram a um entendimento. Durante o encontro os servidores irão discutir um indicativo de paralisação programada.
"Vamos para a assembleia porque não teve avanços. Levantamos os números do município a partir de um estudo feito por um contador contratado. Conhecemos a realidade financeira dos cofres e por isso entendemos que é possível garantir uma recomposição de 4,31%", disse Sidney Lopes, presidente do Sindicato dos Servidores do Município de Maceió e Região Metropolitana. Ao contrário dos últimos anos, desta vez os servidores realizaram um detalhado levantamento sobre a arrecadação municipal e a capacidade de endividamento do município, sem comprometer-se com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Conforme o que foi apurado, houve, inclusive um leve acréscimo na arrecadação. As lideranças dizem não entender como foi alegado a existência de problemas na arrecadação se o próprio prefeito anunciou gratuidade para os estudantes e a criação do Cartão Bem Legal, para estudantes carentes da rede municipal. Os dados colhidos a partir do que foi divulgado no Portal da Transparência foram apresentados aos técnicos do governo em pelo menos dois encontros. Num deles o próprio secretário de Governo, Francisco Sales, esteve presente. Diante do impasse entre o que foi colocado à mesa e o que o município arrecadou, foi sugerida a formação de uma comissão de discussão.
"Mas o problema é que essa comissão não avança, já que desde o início e até o momento não fomos mais contatados para sentarmos e negociar. Estamos tentando negociar da melhor forma possível, pois sabemos que não pode haver aumento, mas o que temos agora é uma recomposição", completou Sidney. A assembleia marcada para a próxima quinta-feira, às 9h, na Praça Dois Leões, irá reunir direções de 13 entidades sindicais, mais a direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ela ocorrerá em espaço aberto atendendo as exigências sanitárias, com cadeiras colocadas a uma distância de dois metros cada. O local escolhido fica a menos de 300 metros da sede da Prefeitura de Maceió.