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BOMBEIROS TEM QUADRO REDUZIDO E PRECISA DE MANUTENÇÃO EM TUDO
Com 1,2 mil militares, corporação deveria dobrar o efetivo para atender à demanda, mas novo concurso prevê apenas 150 vagas
Por arnaldo ferreira | Edição do dia 05/06/2021 - Matéria atualizada em 05/06/2021 às 04h00
Uma das instituições de maior credibilidade junto aos 3,3 milhões alagoanos é o Corpo de Bombeiros Militar. Isso, porém, não impede que a instituição sofra com a burocracia da máquina do governo Renan Filho (MDB), que provoca demora e lentidão nos investimentos fundamentais em pessoal e equipamentos. Com o efetivo de 1,2 mil bombeiros, precisará mais que dobrar para chegar ao previsto constitucionalmente – 2,7 mil militares – para atender adequadamente à demanda dos 102 municípios. Em contrapartida, o governo anunciou concurso para preencher apenas 150 vagas de soldados e oficiais. O quartel geral, no bairro do Trapiche da Barra, e outros do interior precisam de reforma completa para modernizar os departamentos, salas operacionais, oficinas e alojamentos. A mobília também é antiga. Isso sem contar os problemas dos equipamentos operacionais, alguns defasados e a maioria precisa de manutenção, revisão e/ou renovação porque estariam superados. É o caso de viaturas e equipamentos respiratórios. Há um esforço do alto comando da corporação para superar as carências com medidas funcionais capazes de mitigar as dificuldades e assegurar o atendimento à população, sem comprometer a segurança dos Bombeiros, afirmam oficiais e confirma o presidente da União dos Policiais Militares, Geovani Máximo Ferreira. “A situação do QG do Corpo de Bombeiros é semelhante à do QG da Polícia Militar. Cadê as obras para a recuperação do prédio prevista para o mês de maio?”, cobrou o líder da UPM. No Corpo de Bombeiros, a maioria dos oficiais e subalternos elogia o esforço do comando-geral. Porém, não poupa críticas à “desatenção” da administração estadual com a instituição. A presidente da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas, tenente-coronel Camila Paiva, confirmou a reclamação dos colegas e fez críticas comedidas. Sobre a situação física dos prédios e do próprio QG, a coronel Paiva explicou que a empresa que ganhou o contrato para promover as reformas dos quartéis não concluiu o trabalho. No meio da obra a empresa faliu e abdicou do contrato. Isso obrigou a retomada de novo processo de licitação. A militar acredita que a obra será concluída. Com relação à manutenção dos equipamentos, também confirmou as queixas de alguns colegas. Ressaltou, porém, que o comando estava contratando empresas para a manutenção. “Cada equipamento tem manutenção específica e diferente, como são os casos de viaturas e os de proteção respiratória, embarcações, a aeronave entre outros”. A coronel Camila Paiva confirmou inclusive a necessidade de equipamentos operacionais respiratórios. Revelou que, por meio de convênios com o governo federal e a Segurança Pública do Estado, o Corpo de Bombeiros Militar está adquirindo equipamentos novos. O efetivo atual da CBM está em torno de 1.260 militares. O governo de Alagoas anunciou concurso para contratar mil PMs e apenas 150 bombeiros e oficiais. Alguns militares esperavam o concurso para 300 bombeiros. A militar avaliou que o baixo efetivo está relacionado à falta de concurso em anos anteriores. “A gente passou muito tempo sem concurso. Houve também a reforma natural por tempo de serviço de parte do efetivo. Por isso, teriam que ter ocorrido mais concursos. Os últimos foram em 2006 e depois em 2017. A lacuna foi grande”. Por outro lado, admitiu que a estrutura da instituição não comporta concurso para convocar efetivo maior. “A Academia da Polícia Militar tem estrutura para a formação de efetivo grande (A PM tem efetivo superior a 8 mil homens). No Corpo de Bombeiros, o efetivo é menor e a estrutura para formação também é menor. O problema pode ser resolvido com novos concursos pequenos e constantes”.