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Nº 5759
Política

BLOQUEIO DE VERBAS AMEAÇA PROJETO DESENVOLVIDO PELA UFAL

Projeto prevê construção de miniusina solar fotovoltaica no campus da instituição em Maceió

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 05/06/2021 - Matéria atualizada em 05/06/2021 às 04h00

“Efetivamente a atualização do Atlas Eólico está parada por causa da pandemia e por falta de recursos públicos”, afirmou o professor Márcio André. Além da atualização do atlas, os pesquisadores planejavam elaborar um planejamento e pesquisas a fim de identificar os potenciais para instalação de parques eólicos. “Não se pode colocar parque eólico em ambiente urbano, reservas ambientais ou área de pouco vento. Por isso, a necessidade de identificação dos pontos”. Os cientistas afirmam que “Alagoas ainda é tímida no desenvolvimento da energia eólica”. Ao considerar o desenvolvimento do potencial dos estados do Nordeste e a capacidade de 27% do potencial do nosso estado, o professor Márcio considera que já se poderia estar “conjecturando” ou “prospectando” (buscando parceiros) para a possibilidade de se instalar parques para utilização dos ventos como fonte de geração de energia. “Os estudos mostram que, em períodos de estiagem como este que afeta as usinas hidrelétricas no Sudeste e Centro-Oeste, o Nordeste tem os melhores ventos. Isso poderia gerar uma complementaridade entre as fontes energéticas. Geraria estabilidade no custo para o consumidor’.

O pesquisador lembrou que o aumento da conta de energia para o consumidor está ligado ao acionamento das termelétricas para suprir as dificuldades das hidrelétricas. Observou ainda que a geração de energia a partir de combustível fóssil é mais cara.

O contingenciamento de verbas do Ministério da Educação para as universidades federais ameaça um projeto de pesquisa para geração de energia solar de R$ 2 milhões. O projeto prevê a construção de uma miniusina solar fotovoltaica no Campus da Universidade Federal de Alagoas. O reitor Josealdo Tonholo tem relatado aos colegas coordenadores de cursos as dificuldades e a necessidade de cortes drásticos feitos em serviços básicos de manutenção, segurança da Ufal, de bolsas de estudos e o risco de a universidade parar por falta de verba. Daí, indiretamente, recomenda suspender pesquisas onerosas. O projeto da miniusina é comandado pelo Coordenador do Curso de pós-graduação em Engenharia Civil e professor da Cadeia de Energia Eólica, doutor Márcio André Araújo Cavalcante. Ao confirmar a ameaça ao projeto que coordena, o professor explicou que a Empresa Equatorial Alagoas está financiando a miniusina em construção no campus AC Simões. Dos investimentos, 50% [R$ 1milhão] são para as obras físicas e o restante será aplicado na aquisição de equipamentos e pagamentos de bolsas para os professores e alunos desenvolveram pesquisas relativas a produção de energia solar. A Ufal implantou, em 2014, o curso de Engenharia de Energia. Uma das habilidades trabalhadas na formação dos profissionais foi a produção de energia eólica. Além de focar também na produção de energia solar, hidráulica, de energia a partir de biocombustíveis e o mais recente curso de engenharia de energia elétrica. No contexto da energia eólica, os pesquisadores da Universidade atuam no Instituto de Ciências Atmosféricas. Fizeram o projeto de levantamento do potencial para a elaboração do Atlas Eólico de Alagoas. Este Trabalho precisa ser atualizado porque está superado. Os professores das áreas dos Institutos de Tecnologia, do Centro de Tecnologia, de Engenharia de Energia, de Ciências Agrárias de Rio Largo desenvolveram projeto e atualização do Atlas que hoje se encontra na Sedetur à espera de recursos para avançar na atualização do Atlas Eólico do Estado.

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