UFAL TEM ORÇAMENTO SÓ ATÉ SETEMBRO

Uma mobilização das universidades federais, incluindo a Ufal, tenta pressionar o Congresso a articular com a União a aprovação de uma lei orçamentária suplementar para reforçar o caixa destas instituições. Da maneira como o Orçamento foi aprovado – já atrasado e com redução drástica no repasse – não há como manter os serviços considerados essenciais após o mês de setembro. O reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, informou que a situação é crítica, diante de uma receita liberada que retroagiu a 2011, quando ainda havia o processo de expansão. Atualmente, a universidade tem o terceiro maior orçamento de Alagoas, mas administra praticamente uma cidade. São 45 mil pessoas, dentre estudantes, técnicos, docentes e serviços terceirizados, espalhados em oito cidades. Ao todo, são 102 cursos de graduação e 42 programas de pós-graduação. Diante do sufoco pela falta de verba, a Reitoria mantém uma agenda aberta de diálogo com os membros da bancada federal alagoana. No âmbito nacional, o reitor conta que a Andifes [Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior] tenta manter o diálogo com o Ministério da Educação e com o Ministério da Economia no sentido de sensibilizá-los a mudar a política orçamentária das universidades brasileiras. “Manter a estrutura física e as atividades acadêmicas é quase impossível. Além do corte de verbas, tem a pandemia que encareceu bastante os serviços mantidos na universidade”. Atualmente, apenas estão sendo pagas as bolsas de iniciação científica (mais de 800 estudantes beneficiados). Porém, há garantia, de acordo com o reitor, até o mês de setembro. Tonholo acrescentou que as atividades remotas demandam um melhoramento dos servidores de rede da Ufal. Sem dinheiro, ele informa que não conseguiu esta expansão dos sistemas, comprometendo o ensino virtual na pandemia.