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Nº 5759
Política Preocupação dos 5 mil médicos alagoanos, neste momento, é com a terceira onda do coronavírus, agravando a pandemia

SINMED DEFENDE VACINA E ESTIMA 30 ÓBITOS DE MÉDICOS NA PANDEMIA

Depois de várias mobilizações, servidores da saúde conseguiram resolver o problema da falta de EPIs para os profissionais

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 12/06/2021 - Matéria atualizada em 12/06/2021 às 04h00

Não há também dados precisos com relação à contaminação e mortes dos servidores considerados como “heróis” da saúde no Brasil e particularmente em Alagoas. A direção do Sindicato dos Médicos destacou o trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) por garantir o atendimento principalmente aos mais pobres, defendeu a ciência contra tratamento precoce sem eficácia comprovada e a vacina como o meio eficiente para reduzir e conter a contaminação e mortes geradas pelas complicações do coronavírus. O Sindicato dos Médicos pediu à Secretaria de Estado da Saúde os números oficiais de vítimas da saúde e teve dificuldades. Com a ajuda do Conselho Regional de Medicina (Cremal), a entidade conseguiu alguns dados. No ano passado, morreram cerca de 20 médicos. “Os nossos números são estimados. O sindicato estima 30 óbitos, a maioria decorrentes das complicações da Covid-19”, disse o presidente da entidade, médico Marcos Holanda, ao observar que se somar as mortes de enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros servidores de apoio, passa de 50 mortes. Depois de várias mobilizações, os servidores da saúde conseguiram resolver o problema da falta de Equipamentos de Proteção Individual para os profissionais. A preocupação dos 5 mil médicos alagoanos, neste momento, é com a terceira onda do coronavírus. O sindicato médico também está preocupado com os dois casos: um no Rio Grande do Norte e outro Pernambuco; de fungo negro. “É uma situação gravíssima porque causa deformidade nos ossos da face, destruição de pele, da musculatura do rosto e outras lesões sérias”, revelou Holanda. Os dois casos de “fungo negro” ocorreram em pacientes com sistema imunológico muito baixo e que fizeram uso de corticoides na tentativa de conter as complicações, revelou Holanda. Numa recomendação direta aos colegas da saúde repetiu a necessidade de se cumprir os protocolos sanitários, principalmente o distanciamento social, higiene constante das mãos em serviço e manter o rigor na utilização dos EPIs. Como a maioria dos profissionais já recebeu as duas doses da vacina, o sindicato observou a redução drástica dos pedidos de afastamento para tratamento de saúde. “Isto mostra que o caminho para conter a pandemia é mesmo a vacinação em massa da população”, disse o líder dos médicos alagoanos ao defender os procedimentos recomendados pela ciência como a melhor forma de prevenção.

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