A prioridade da gestão em relação aos gastos orçamentários é com a Educação e a Saúde Pública. Pelo menos é o que fica evidente com a destinação de 50% do orçamento municipal. A Câmara dos Vereadores de Maceió aprovou o orçamento municipal de R$ 2,6 bilhões para este ano. Porém, a realidade da receita corrente líquida prevê um orçamento real de R$ 2,2 bilhões. Enquanto a Prefeitura impõe uma rigorosa política de cortes de 30% dos gastos e contenção de despesas em todos os órgãos e outros ajustes fiscais, a Câmara dos Vereadores derruba o veto do prefeito JHC e aumenta de R$ 68 milhões para R$ 72 milhões no orçamento do Legislativo municipal deste ano. Com relação ao orçamento da prefeitura deste ano, o secretário municipal de Economia, João Felipe Alves Borges, confirmou as informações dos bastidores da Câmara dos Vereadores. Ele disse que prefere trabalhar com a receita real do orçamento. Neste orçamento os setores da Saúde, Educação e Infraestrutura ficaram com as maiores fatias do bolo orçamentário, revelou o secretário. Na prefeitura, os auxiliares do governo não comentam o orçamento do Legislativo municipal.
EXECUTIVO
Na divisão do bolo orçamentário do Executivo municipal, somente a Saúde ficou com R$ 800 milhões/ano. A Educação obteve R$ 500 milhões do orçamento. “Como é possível observar, a Educação e a Saúde ficam com mais de 50% do Orçamento”. O secretário confirmou ainda que a folha do funcionalismo permanece em R$ 100 milhões/mês, ou seja, R$ 1,2 bilhão/ano e em dia. A prefeitura já trabalha com ajuste fiscal e conseguiu cortar 30% das despesas, suspendeu gastos, implantou o orçamento mensal de cada pasta entre outras medidas. Neste começo de governo, o secretário de Economia disse que todos os setores trabalham estrategicamente e com despesas enxutas. “A gente tem que conter as despesas porque algumas delas representam dívidas desorganizadas que prejudicam os investimentos futuros”. Ao saberem que a prefeitura vive um dos melhores momentos econômicos de equilíbrio, apesar de enfrentar queda de receita por conta da pandemia do coronavírus, os servidores voltaram a cobrar pagamentos de vantagens trabalhistas e perdas salariais dos últimos oito anos, que durante a campanha o prefeito prometeu regularizar. As discussões e negociações acontecem nos bastidores da prefeitura, envolvendo as lideranças dos servidores com as secretarias municipais de Gestão, de Governo e de Economia. Os servidores afirmam que não houve avanços. O secretário João Felipe disse entender os pleitos do funcionalismo, porém as negociações ocorrem dentro da realidade econômica da prefeitura. “Não adianta a gente fazer uma coisa agora que não poderá arcar no futuro. Por isso, as negociações ocorrem”.