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Nº 5854
Política Roberto Dias foi levado para depor na sede da Polícia Legislativa, no subsolo do Congresso

EX-DIRETOR ACUSADO DE PEDIR PROPINA É PRESO AO DEPOR EM CPI

Roberto Ferreira Dias, que cuidava do setor de logística do Ministério da Saúde, foi acusado por Omar Aziz de mentir à comissão

Por Folhapress | Edição do dia 08/07/2021 - Matéria atualizada em 08/07/2021 às 04h00

Brasília, DF - Presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) determinou nesta quarta-feira (7) a prisão do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, exonerado do cargo do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na semana passada após denúncia de pedido de propina revelada pelo jornal Folha de S.Paulo. Aziz afirmou que o depoente mentiu em diversos pontos de sua fala e por isso determinou que a Polícia Legislativa “recolhesse” o ex-diretor do ministério. “Ele vai ser recolhido agora pela Polícia do Senado. Ele está mentindo desde a manhã, dei chance para ele o tempo todo. Pedi por favor, pedi várias vezes. E tem coisas que não dá para os áudios que nós temos do [Luiz Paulo] Dominghetti [vendedor de vacinas] são claros”, afirmou Aziz.

“Ele vai estar detido agora pelo Brasil, pelas vítimas que morreram”. Dias prestava depoimento no fim da tarde desta quarta na sede da Polícia Legislativa, no subsolo do Congresso. Agentes da polícia explicam que deve ser lavrado um termo circunstanciado e, em seguida, um termo de fiança. Caso concorde em pagar, Dias será liberado. Se não, será encaminhado para unidade da Polícia Federal. Questionado pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) sobre a razão de mandar prender Dias, o presidente da CPI respondeu: “Perjúrio desde o início”. Marcos Rogério insistiu, pedindo um “fato”. “Vários, vários, vários. Dizer que não tinha conhecimento que ia se encontrar com Dominghetti. Marcar uma audiência relâmpago”, disse Omar. Antes do término da sessão, senadores governistas chegaram a pedir para que Omar reconsiderasse a detenção. Marcos Rogério afirmou que a decisão configura “abuso de autoridade”. “Caracteriza abuso de autoridade, uma ilegalidade flagrante, e essa comissão está funcionando concomitante com o plenário”, disse o senador, em referência ao regimento interno do Senado, que impede o funcionamento de comissões quando o plenário inicia a ordem do dia. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já havia iniciado a sessão na tarde desta quarta-feira. Mesmo senadores independentes e oposicionistas criticaram a decisão pela prisão.

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