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Nº 5856
Política Levantamento do portal G1 coloca Renan Filho como governador mais ineficaz do Nordeste

OPOSIÇÃO CRITICA RENAN FILHO POR PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS

Na comparação entre os gestores do Nordeste, ele não conseguiu avançar em 70% delas até agora

Por thiago gomes | Edição do dia 24/07/2021 - Matéria atualizada em 24/07/2021 às 04h00

Governador mais ineficaz do Nordeste, pelo menos em promessas de campanha não cumpridas, conforme levantamento feito pelo G1 e divulgado recentemente, Renan Filho (MDB) é considerado como um grande ator e criador de cortinas de fumaça por quem está no lado político oposto. Seria aquele que investe em mídia pessoal e negligencia as políticas que mudam a realidade do povo.

Na comparação entre os gestores dos Estados do Nordeste, do total das promessas efetuadas pelo chefe do Executivo alagoano, mais de 70% delas não foram cumpridas até agora, quando o governo já se aproxima do final. O portal elencou 39 promessas eleitorais, feitas durante a campanha de 2018 e algumas delas registradas no programa enviado ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral], e filtrou que 27 não foram cumpridas, 10 estão com status de cumpridas e 2 como ‘em parte’.

DESEMPREGO EM ALTA

O deputado estadual Davi Maia (DEM) citou que o governador Renan Filho não toca as grandes obras do Estado e citou, como exemplo, o Canal do Sertão, um dos principais projetos do estado. “Você não muda a realidade de Alagoas se não pensar nas políticas estruturantes e o canal está abandonado. O que este governo fez? Qual a realidade da mudança? É um governo que não pensa no desenvolvimento econômico e todos os números mostram isso, quando o Estado segue no topo do desemprego do País”, avalia o representante da oposição na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).

Ele acrescenta que o governo não tem uma política para mudança da realidade da população. “É muita firula, cortina de fumaça, mas a realidade social e econômica de Alagoas continua a mesma de quando o governador assumiu”, avalia.

Já na opinião do deputado Cabo Bebeto (PTC), o governo peca em entregar obras às pressas e inacabadas. Segundo ele, nenhum dos hospitais novos está com 100% de funcionamento e lembra do que aconteceu com o Hospital do Sertão, inaugurado recentemente, mas que ficou uma semana sem energia elétrica, comprometendo as atividades.

“O Metropolitano está incompleto. O da Mulher tem equipamentos quebrados ou estão faltando. O HGE é um matadouro. O governador também cria expectativas de emprego nas pessoas, a exemplo das promessas que fez de convocação da reserva técnica, mas acabou enganando todo mundo. Há reclamações no setor cultural também”, cita.

“É um governo midiático, que tem uma mídia muito forte, mas que, na prática, tudo o que ele colocar a mão vamos achar defeito, se procurarmos. São situações graves”, complementou o parlamentar à reportagem da Gazeta.

LANTERNINHA

O analista político Ranulfo Paranhos, após conferir o repositório divulgado pelo portal G1, afirmou que Renan Filho tem uma questão política que pode causar danos às suas futuras pretensões. Isto por ser o ‘lanterninha’ do Nordeste em promessas cumpridas.

“Quando se fala em promessas de campanha, e entramos em um ponto importante na história da sociedade brasileira, a gente começa a observar e a criar uma rede muito mais sólida no sentido de analisar o que os governos estão fazendo e a transparência é fundamental. O que se pode analisar é muito mais o ponto de vista político. Não dá pra fazer uma avaliação do impacto da implementação ou não da política pública”, comenta. Pela avaliação dele, o comportamento de gestão de governadores podem ser justificados, em parte, em função da pandemia. “É um fator a ser considerado na hora de analisar. Os impactos políticos disso é que alguns gestores decidiram priorizar algumas áreas que dariam mais retorno junto à população. Uns foram mais e outros menos eficientes”, destacou. No caso de Renan Filho, ainda há um fator negativo a ser pontuado. O “Ranking de Eficiência dos Estados”, uma avaliação produzida em 2018 e publicada pela Folha de S. Paulo, concluiu que o governo alagoano ficou entre os primeiros que gastam muito e entregam pouco, sendo rebaixado à condição de mais ineficiente no ensino público.

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