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PREFEITURA DE MACEIÓ SE EXIME DE FALTA DE VAGAS NOS CEMITÉRIOS

Gestão passada não teria feito planejamento para atender a demanda por sepultamentos na capital

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A reta final do mandato do prefeito Rui Palmeira (Podemos) enterrou qualquer tentativa de solução para o problema de vagas nos cemitérios de Maceió. O assunto teve uma discussão inicial, inclusive com a associação que representa o setor privado, para um possível aluguel de espaços para servir de ossuários. Segundo a prefeitura na gestão do prefeito JHC (PSB), Rui entregou o cargo sem planejamento para a cidade.

“A administração de cemitérios era politizada e trazia prejuízos à administração pública. Para se ter uma ideia, em abril de 2020 os locais arrecadavam em torno de R$ 23 mil referentes às taxas de enterros e manutenção; mês passado, o valor passou a ser de R$ 100 mil”, informou o superintendente de Desenvolvimento Sustentável Ivens Peixoto.

Já em 2019 a gestão dos oito cemitérios públicos atuava no limite. Em abril daquele ano, o Portal da Transparência do Registro Civil confirmou 561 mortes.

No mesmo mês, no ano passado, o número subiu para 614 registros e em abril de 2021 aumentou para 925 mortes, somente na capital alagoana.

IML LOTADO

A questão envolvendo os cemitérios ganhou repercussão por conta do anúncio de que há pouco mais de 110 corpos aguardando sepultamento no Instituto Médico Legal (IML).

O órgão teria alegado que o município não conta com vagas para sepultamentos em cemitérios públicos. A superintendência, porém, alega que não recebeu nenhuma solicitação oficial endereçada ao órgão.

“O que houve foi uma conversa informação, na semana passada, em que o IML relatou que existe 110 pessoas não identificadas na unidade. Deste total, aponta um relatório que mais da metade não seriam de origem de Maceió. Com isso, o sepultamento dessas pessoas, em que não há o conhecimento da identidade ou que familiares não tenham reconhecido, devem ser realizados no município em que foi encontrado”, informou a superintendência.

SEM FUTURO

O planejamento para a o futuro dos cemitérios teve início desde que a nova equipe assumiu a superintendência.

Segundo Ivens Peixoto, os técnicos da Sudes trabalham para garantir a ampliação do cemitério Divina Pastora, em Rio Novo.

“Há uns três meses, em contato com o MP, a gente passou as informações que não tinha falta de vagas. Mesmo durante a pandemia, sempre houve vagas e a gente sempre deu atenção especial para essas pessoas enterrarem seus entes amados. Com relação ao enterro de indigentes, parte dessas despesas deveria ser arcada pelo estado, para auxiliar nas taxas de enterro e manutenção, mas tudo isso é feito pelo Município atualmente”, acrescentou Ivens.

Por isso, mesmo com as informações de que o MP vai procurar o órgão em busca de uma solução para os corpos guardados no Instituto Médico Legal, a Sudes diz que está aberta para qualquer esclarecimento.

Uma outra revelação é que o município será indenizado por conta da interdição do Cemitério Santo Antônio, em Bebedouro. O problema foi gerado pelo afundamento do bairro pela operação da Braskem.

“O município deve ser indenizado com área de 30 mil metros quadrados para abrigar um novo cemitério que pode ser vertical ou horizontal”, concluiu Ivens Peixoto à Gazeta.

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