app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5693
Política Bolsonaro ameaça 'antídoto' fora das '4 linhas da Constituição' ao rebater a inclusão dele em inquérito das fake news

BOLSONARO ACUSA INQUÉRITO DE MORAES DE ILEGAL

.

Por Folhapress | Edição do dia 05/08/2021 - Matéria atualizada em 05/08/2021 às 04h00

Brasília, DF - Numa nova escalada na crise institucional aberta com o Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reagiu nesta quarta-feira (4) à sua inclusão como investigado no inquérito das fake news e disse, em tom de ameaça, que o "antídoto" para a ação não está "dentro das quatro linhas da Constituição". "Ainda mais um inquérito que nasce sem qualquer embasamento jurídico, não pode começar por ele [pelo Supremo Tribunal Federal]. Ele abre, apura e pune? Sem comentário. Está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição", disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan. A crítica de Bolsonaro se refere ao fato de o inquérito das fake news - e a sua inclusão nesta quarta-feira como investigado - ter sido aberto de ofício, e não a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). No caso do inquérito das fake news, a abertura ocorreu por decisão pelo então presidente do STF Dias Toffoli e posteriormente referendado pelo plenário da corte.

ATRITO COM O TSE

A inserção de Bolsonaro como alvo da investigação, por sua vez, ocorreu a pedido do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso. A ameaça de agir fora dos limites constitucionais foi repetido em outra ocasião na entrevista. "O meu jogo é dentro das quatro linhas [da Constituição]. Se começar a chegar algo fora das quatro linhas, eu sou obrigado a sair das quatro linhas, é coisa que eu não quero. É como esse inquérito, do senhor Alexandre de Moraes. Ele investiga, pune e prende? É a mesma coisa”, provocou ele. O presidente Jair Bolsonaro afirmou em documento enviado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que não tem feito ataques à segurança das urnas eletrônicas, mas sim defendido que o sistema seja "aprimorado". "Reitera-se, não se está a atacar propriamente a segurança das urnas eletrônica, mas, sim, a necessidade de se viabilizar uma efetiva auditagem", diz o presidente em sua resposta ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro Luís Felipe Salomão, que havia dado o prazo de 15 dias para que Jair Bolsonaro apresentasse provas sobre supostas fraudes nas urnas.

Mais matérias
desta edição