Política
ADJUNTO DA SAÚDE DE MACEIÓ É EXONERADO
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O secretário-adjunto da Secretaria de Saúde de Maceió, Aldo Calaça, foi exonerado da função, a pedido, após a gestão do prefeito JHC (PSB) tomar conhecimento de que ele acumulava funções na prefeitura e na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) como médico. A exoneração saiu na edição do Diário Oficial do Município desta terça-feira (24). A gestão municipal tomou conhecimento de que o adjunto - que deveria atuar com dedicação exclusiva na pasta - também estava dando plantões e recebendo salários pela Sesau. Oficialmente, a prefeitura informou que Calaça foi exonerado, mas não detalhou o motivo. Porém, fontes ligadas ao gabinete do prefeito confidenciaram que JHC não permitiu que o médico continuasse no cargo diante das denúncias que assolam e escancaram o uso político da pasta do Estado.
À Gazetaweb, o gabinete do deputado Davi Maia (DEM), que denunciou o médico Marcos Ramalho pelo acúmulo de funções, plantões em mais de um local ao mesmo tempo e o salário de R$ 72 mil no Estado, detalhou que tomou conhecimento da dupla jornada de Calaça e que a gestão de JHC acerta ao adotar a política de tolerância zero diante das suspeitas de irregularidades. A exoneração do adjunto no Município acontece um dia após o governador Renan Filho (MDB) ignorar o rosário de denúncias contra Ramalho e a gestão do Secretário de Saúde, Alexandre Ayres, e afirmar, publicamente, que está “junto de Ramalho e que ele conta com a sua inteira confiança”. No portal da transparência do governo de Alagoas, Calaça aparece como concursado da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e integrante da equipe médica dos Hospitais Metropolitano e da Mata. Os vencimentos nas unidades de saúde são superiores a R$ 20 mil por mês. Já na prefeitura, o salário é de R$ 7 mil. Os números mostram que o médico não atinge o teto constitucional, atualmente em R$ 39,2 mil, salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Por telefone, Aldo Calaça informou que sua saída foi motivada por razões pessoais, visto que atua como neurocirurgião e vai focar seu trabalho, apenas, nessa área, exercendo o trabalho na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. “Agradeço, nesta oportunidade, a confiança do prefeito JHC, que vem fazendo um excelente trabalho em sua gestão”, pontuou. Aldo Calaça conta que sua exoneração foi motivada por razões pessoais e, não, por suspeita de acúmulo de funções e plantões em hospitais do governo de Alagoas, como fontes ligadas ao gabinete do prefeito JHC confidenciaram à reportagem. Calaça informou que atua como neurocirurgião e vai focar seu trabalho, apenas, nessa área, exercendo o trabalho na Santa Casa de Misericórdia. Ele também vai passar a ministrar aulas na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). Na ocasião, o secretário exonerado disse, ainda, que, antes de tomar a decisão, teve o apoio da secretária Municipal de Saúde, Célia Fernandes, que o incentivou em sua nova caminhada. Este também informou que escreveu o próprio pedido de exoneração. No documento, ele agradeceu à equipe da Secretaria de Municipal de Saúde (SMS) e a Célia Fernandes. "Inicialmente, gostaria de expressar minha honradez, privilégio e gratidão de fazer parte da vossa equipe de trabalho nesta Secretaria de Municipal de Saúde. Contudo, por motivos superiores, solicito minha exoneração do cardo de Secretário Adjunto de Gestão da Saúde", escreveu Calaça.