Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Alagoas avaliam os atos ocorridos neste Sete de Setembro como positivos. As mobilizações aconteceram de forma simultânea nas principais cidades do Brasil.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado de Alagoas (Sinpofal), Flávio Moreno, as manifestações pacíficas ocorridas no dia 7 de setembro, que foram convocadas pelo presidente, demonstraram a força popular inquestionável de Bolsonaro em todo Brasil.
"Foram manifestações maiores até que nas diretas já e nas jornadas de junho de 2013, as quais participei também. Estou nessa jornada desde os movimentos dos Policiais Federais em 2012, o estopim inicial das mudanças ocorridas no país nos últimos anos. Nunca vimos manifestações tão gigantes em todo Brasil em defesa da liberdade e pacíficas", cita Flávio.
Em Maceió, ainda segundo Moreno, a previsão, da pior das hipóteses, era de 20 mil pessoas, porém, foram mais de 40 mil na orla e em cidades do interior, como Arapiraca, Palmeira dos Índios, Penedo e outras.
"O Presidente Bolsonaro sai fortalecido e com mais respaldo popular, a Constituição e a liberdade no país precisam ser respeitadas. Chega de atropelos dos opositores, sejam em qual poder estejam. Deixem o Presidente Governar, o país vive uma nova realidade de crescimento, obras, amparo aos mais pobres, ao povo nos Estados e Municípios, mesmo diante a pior crise humanitária da história do mundo. Os que são oposição ao Presidente e a esquerda que saqueou os cofres públicos em seus governos desde a redemocratização precisam entender que o Brasil, as famílias, a pátria e os valores que nos trouxeram até aqui são maiores do que eles", reforça Flávio Moreno.
O vereador Leonardo Dias (PSD) avaliou os protestos e fez reflexões sobre os atos. "Na minha avaliação, um ponto importante é o que esses atos representam para o país. Temos uma parcela imensa da população que foi às ruas brigar por liberdade, garantias individuais e democracia. Isso ocorre diante das decisões arbitrárias que perseguem aqueles que possuem opiniões conservadoras. Classificar tais manifestações como antidemocráticas é desespero, pois ocorrerem de forma ordeira e pacífica, como sempre foram nos últimos anos".
Em relação ao governo Bolsonaro, ainda conforme o relato de Dias, as manifestações, em primeiro lugar, derrubam a narrativa de que o presidente está isolado e não tem apoio. Ele tem, como se observou nas ruas. Os reflexos práticos que esperamos disso é que os burocratas de plantão aprendam verdadeiramente a respeitar as divergências, respeitem um governo legitimamente eleito e voltem a agir, como destaca o presidente Bolsonaro, dentro das quatro linhas da Constituição.
"O presidente tem pregado isso: agir sempre de forma constitucional. Queremos que a Constituição seja cumprida. O próprio Bolsonaro, em seu discurso, destacou que não se quer ruptura, apesar de o tensionamento provocado justamente por decisões que nunca deixam o presidente governar e persegue seus apoiadores. Na prática, esperamos que o reflexo disso seja o respeito a Constituição e a separação de poderes. Não podemos ter um poder sobrepondo o outro, ainda mais quando aquele que avança, usurpando competências, é justamente o que não foi eleito", diz Leonardo.
Sobre os partidos políticos de centro, que estão se articulando para avaliar possível processo de impeachment após as declarações do presidente neste domingo. Leonardo Dias avalia se o presidente extrapolou os limites da razoabilidade em suas falas. "Qualquer articulação no sentido de impeachment é uma narrativa que não se ampara nos fatos. O governo do presidente Jair Bolsonaro não cometeu qualquer tipo de crime. A esquerda, e aqueles que se beneficiavam de como funcionava o sistema corrupto nas épocas petistas, tentam de todas as formas retirar o presidente do poder com as mais esfarrapadas desculpas. Até essa CPI, comandada por Renan Calheiros, amigo de Lula, mostra que só tem narrativas. Cada uma delas vem sendo desconstruída, como foi a questão da vacinação".
Hoje, o Brasil, ainda de acordo com Leonardo Dias, vacinou mais que os EUA, por exemplo. Tudo no fim cai por terra porque eles sim praticam fakenews o tempo todo por não suportarem um governo de direita que acabou com a mamata de muitos. O presidente não cometeu nenhum crime em seus discursos, nem extrapolou limites. Inclusive, deixou claro que não deseja nenhuma ruptura e quer que as medidas sejam tomadas dentro da Constituição, que é quem delimita a separação de poderes. Bolsonaro quer o Brasil de volta à tranquilidade por compreender que supremo é o povo. O estamento não aceita isso porque quer o país de volta para eles, para que possam voltar os mensalões, petrolões e outros esquemas de corrupção endêmica que serviam de base para o projeto de poder de esquerda.
"Em meu ponto de vista, a intervenção já está ocorrendo no sentido de que um Poder, por exemplo, impede nomeações de livre iniciativa de outro Poder. O sistema de freios e contrapesos não está funcionando. Isso tem sido ocasionado, repito, por pessoas que não jogam nas quatro linhas e, dentre elas, não está o Presidente. Creio que o ideal é que cada Poder, dentro de seus membros, consiga compreender o momento que estamos vivendo e corrija as ações inconstitucionais que essas pessoas têm adotado. Se há algum tirano no Brasil, este não é o Presidente. Se tem alguém mandando prender pessoas por crime de opinião, este não é o Presidente. Bolsonaro tem jogado nas quatro linhas, mesmo que outros não estejam fazendo o mesmo", conclui Dias.
Os atos, conforme o deputado estadual Cabo Bebeto, mostraram que o povo continua ao lado do presidente e perdeu a paciência diante de tudo o que está acontecendo.
"Acredito que Bolsonaro não extrapolou, inclusive eu engrossaria mais o discurso, mas talvez porque eu tenha menos experiência que o presidente. A partir de agora, tudo pode acontecer, inclusive nada. Eu espero que, se estes poderes partirem para afastar o presidente do mandato e atacá-lo, ele reaja. Acredito que ele vai reagir. Repito, a população está cansada", disse Bebeto, que compareceu ao ato na Avenida Paulista e teve a oportunidade de discursar.
COMO FOI O ATO EM ALAGOAS
Cerca de 40 mil pessoas participaram, nesta terça-feira (7), em Maceió, da manifestação com pautas em defesa da liberdade, democracia, família e do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido). O cálculo foi feito pela Polícia Militar de Alagoas (PM/AL).