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Nº 5700
Política

DEPUTADOS PRESSIONAM ESTADO POR MELHORIAS NA MALHA VIÁRIA

Parlamentares solicitam do governo recuperação do asfalto de rodovias antigas e até de recém-construídas

Por thiago gomes | Edição do dia 08/10/2021 - Matéria atualizada em 08/10/2021 às 04h00

A situação da malha viária do Estado tem gerado uma onda de reclamações e pronunciamentos frequentes na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Os deputados estão na bronca com o governo pela má qualidade observada nas estradas. Eles têm apresentado e conseguido aprovar, na Casa, um volume grande de indicações pedindo ao Executivo a melhoria do asfalto nas rodovias mais antigas e até nas recém-construídas, que já têm pontos de deterioração. Nessa quarta-feira (6), os parlamentares analisaram um pacote com 19 indiciações solicitando ao governo, à Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER/AL) a recuperação urgente de várias estradas que cortam o Estado. Os deputados Gilvan Barros Filho (PSD), Breno Albuquerque (PRTB), Jairzinho Lira (PRTB) e Ricardo Nezinho (MDB) reforçaram o apelo durante a sessão, apontando problemas aos condutores de anos, e, o mais grave, indicando que a malha viária construída mais recentemente tem o asfalto comprometido também. Breno Albuquerque pediu ao secretário de Infraestrutura, Mozart Amaral, uma atenção especial ao Agreste alagoano, principalmente nas rodovias que ligam Arapiraca aos municípios de Lagoa da Canoa, Traipu e Campo Grande. “Aquelas estradas estão intransitáveis. Há um perigo constante de acidente, inclusive de morte. É uma situação muito complicada, que merece atenção”, apelou. Na sequência, o deputado Gilvan Barros disse que apresentou indicações solicitando o recapeamento asfáltico de estradas nos municípios de Arapiraca, Lagoa da Canoa, Girau do Ponciano, Campo Grande e Olho d’Água Grande. O deputado cobrou a atenção e as devidas providências à Secretaria de Infraestrutura e à Secretaria de Transporte e Desenvolvimento Urbano, no sentido de punir a empresa responsável pelas obras das estradas, que foram construídas em 2018. “Outra estrada que está extremamente esburacada é a que liga Campo Alegre a Limoeiro de Anadia. A estrada antiga está muito melhor do que a nova. Alagoas não pode receber uma obra daquela forma”, cobrou Gilvan. Na mesma linha dos seus antecessores, o deputado Jairzinho Lira lembrou que já fez pronunciamentos sobre esse tema há algum tempo e também apresentou indicações solicitando o recapeamento da estrada que liga Arapiraca a Girau do Ponciano. “As rodovias novas apresentam um problema muito sério na qualidade da execução. Solicitamos que o Governo e o Departamento de Estadas de Rodagem detenham maior atenção”, disse o deputado, apelando para a união de seus pares em prol da melhoria das estradas e cobrando dos órgãos competentes uma maior fiscalização na execução das obras. Já Ricardo Nezinho disse que é preciso que o Estado proceda o mais rápido possível o recapeamento das rodovias. “A empresa responsável pela obra tem obrigação de rever essas questões”, cobrou Nezinho. “A obra mal foi entregue e já está com buracos. Isso depõe muito contra o trabalho que o governador Renan Filho vem realizando no Estado”, completou.

Horas após a sessão dessa quarta, o deputado Davi Maia (DEM) gravou um vídeo e publicou nas redes sociais mostrando a má qualidade do asfalto na recente duplicação da rodovia que liga Arapiraca/Maceió. Ele foi até o um ponto da estrada e apontou que o asfalto está se esfacelando. “E o asfalto é feito de farinha, é governador?”, criticou.

CONSTRUTORAS FATURARAM QUASE R$ 2 BI

Recentemente, a Gazeta de Alagoas publicou uma reportagem especial, assinada pelo repórter Arnaldo Ferreira, destacando que, dentre as 20 construtoras de estradas de Alagoas, apenas quatro garantiram, em sete anos de governo Renan Filho, faturamento de quase R$ 2 bilhões com construção, duplicação e recuperação de rodovias estaduais. Desse valor, as quatro já receberam R$ 1,4 bilhão, como mostra o Portal da Transparência. Algumas das obras se arrastam há mais de cinco anos. Os editais da construção civil excluíram mais de 100 empresas e beneficiaram quatro de Alagoas e uma do Rio Grande do Sul que domina o mercado da construção modular no País. Estas exigências são legais. Porém, eliminaram do certame licitatório pequenas e médias empreiteiras que geram milhares de empregos e promovem a circulação do dinheiro público na economia local. As quatro que regularmente venceram as licitações faturaram, efetivamente, R$ 1.412.728.919,38, apesar do empenho de R$ 1,9 bilhão. Entre as empresas do programa de rodovias estaduais destacam-se: L. Pereira e Cia Ltda, que recebeu R$ 571.400.017,33; FP Construções Ltda, com R$ 364.873.761,47; Amorim Barreto Construções Ltda, com R$ 266.727.570,28; e a Engemat - Engenharia de Materiais Ltda, que ganhou R$ 209.727.570,28 para executar obras rodoviárias.

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