Política
SEM-TERRA COBRAM DESAPROPRIAÇÃO DE TERRAS DE USINAS


Após quase oito anos de negociação e sem a resolução do problema, representantes da Frente Nacional de Lutas (FNL) fizeram um protesto, na manhã de ontem, para cobrar do governo do Estado a homologação do acordo que define as áreas para fins de reforma agrária das Usinas Guaxuma e Laginha. O protesto reuniu centenas de pessoas dos municípios de Teotônio Vilela, Junqueiro, Campo Alegre, Coruripe, Jequiá da Praia, Branquinha e União dos Palmares, que se concentraram em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas para tentar uma reunião com representantes do governo.
“Estamos cobrando do governo do Estado, do Iteral e do Tribunal de Justiça que homologuem, de uma vez, o acordo feito para que os terrenos da usina venham para fim da reforma agrária. Na Laginha, tem mais de 4 mil famílias que vivem disso. Vai fazer 8 anos de negociação, desde a gestão do ex-governador Teotônio Vilela”, explicou Marcos Antônio da Silva, o Marrom, coordenador do FNL. “Passaram os anos do governo Renan Filho, o mandato está chegando ao fim e, até agora, o acordo não foi homologado. Queremos que seja resolvido”.
De acordo com Daniela Marques, da assessoria do FNL, as famílias dos assentamentos estão sendo ameaçadas de despejo após a morte do industrial João Lyra. O líder do movimento, Claudenor Roberto da Silva, disse que 600 famílias que fizeram o cadastro para obter a terra seguem sem resposta. “Há oito anos estamos na terra da Laginha e Guaxuma, esperando o documento de título no terreno. Em audiência há 6 anos, com Tribunal de Justiça, foi acordada a posse do terreno. O Iteral esteve no assentamento e fez o cadastro de 600 famílias na época, mas, desde então, não teve mais nenhuma resposta por parte deles”.
