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NOVO PARTIDO DEVE PROVOCAR DEBANDADA NO NINHO TUCANO

Políticos do PP também estão de malas prontas para trocar de partido, mas mantêm apoio a Lira

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Sessão especial foi realizado no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas
Sessão especial foi realizado no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas -

Além de um possível esvaziamento do MDB da família Calheiros, o outro partido forte que deve sentir a debandada de prefeitos, vereadores e deputados estaduais é o PSDB do senador Rodrigo Cunha (AL). Os tucanos compõem a base de sustentação política do prefeito de Maceió, JHC (PSB), junto com o PDT, do vice-prefeito Ronaldo Lessa, e do Democratas, do deputado Davi Maia. O estrago é feito pelo novo partido União Brasil, que atrai filiados das legendas de centro e direita. Aumentou também o número de parlamentares em clima de mudanças. Dos 17 deputados, agora são 21 entre os 27 que prometem sair das legendas atuais para o partido em via de legalização no Tribunal Superior Eleitoral. Até partidos que hoje são considerados mais fortes que o MDB, como o PP do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (AL). Atualmente a segunda maior força política em número de prefeitos, vereadores e na Assembleia Legislativa, com cinco deputados, o PP também sofrerá baixa. Políticos do Sertão e Agreste estão com as malas prontas para embarcar na legenda criada pela fusão do Democratas (DEM) e do Partido Social Liberal (PSL). As baixas no PP não devem abalar o projeto do partido, que pretende lançar ou apoiar candidato a governador, ocupar mais cadeiras nos legislativos estadual e federal. O mesmo não se pode dizer do MDB e do PSDB, já que o senador Rodrigo Cunha aparece nos bastidores como pré-candidato ao governo de Alagoas e enfrenta dificuldade para “decolar” o projeto que representa a terceira via no provável confronto entre os partidos dos Calheiros e do grupo de Arthur Lira. Enquanto isso, o nome de JHC cresce, apesar de ele não assumir abertamente a intenção de participar das eleições do próximo ano como candidato majoritário nem cogitar em mudar de partido. As outras candidaturas de centro e esquerda aparecem, ainda, inconsistentes eleitoralmente, e os partidos demonstram que aguardam as definições das grandes legendas para colocar seus blocos na rua.

UNIÃO BRASIL

A fusão do DEM e do PSL desde o dia 6 gerou o novo partido União Brasil, que tem adesão provisória de 88 deputados federais e senadores, 56 deles apoiam o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Aparece como a segunda maior força política na Câmara Federal, Senado e terá a maior bancada também na Assembleia Legislativa de Alagoas, entre 20 e 21 deputados. O novo Partido reduzirá o tamanho MDB na maioria das 102 prefeituras alagoanas porque se aproveitará da rejeição [discreta] à gestão Renan Filho no Executivo estadual. O “Partido dos Calheiros” tem grupo expressivo de prefeitos, vereadores e a maior bancada no parlamento estadual, com seis deputados. A maioria insatisfeita com o governador. Os parlamentares e gestores de outros partidos esperam também que o Tribunal Superior Eleitoral conclua a análise da fusão e aprove para promoverem a debandada geral. No Legislativo alagoano, parlamentares da Mesa Diretora, do MDB e de outros partidos nanicos não escondem a insatisfação com a condução da gestão Renan Filho (MDB) e até já fazem críticas abertas no plenário da Casa de Tavares Bastos. Porém, a legislação eleitoral impede a “infidelidade” política antes da desfiliação. Por isso, não há quem assuma abertamente o interesse de se filiar à União Brasil antes da definição do TSE. O DEM e o PSL na ALE têm apenas o deputado Davi Maia (DEM). O parlamentar tem conversado com aliados e com a base eleitoral porque não demonstra interesse em se filiar à nova legenda, que deve agrupar colegas próximos à família Calheiros ou ao grupo de Arthur Lira. Maia faz mistério em relação ao seu futuro partidário, mas, segundo aliados próximos, vai mudar de partido. Existem muitas dúvidas também a respeito de o governador Renan renunciar ou não em abril para participar como candidato nas eleições gerais do próximo ano. Por isso, nos bastidores, os supostos candidatos a governador-tampão – o presidente da Assembleia, os deputados Marcelo Victor (Solidariedade) e Paulo Dantas (MDB) [1º secretário da Mesa Diretora do Legislativo] evitam comentar a possibilidade. Assumem que são candidatos à reeleição. Quanto à disputa na eleição interna no Legislativo para governador-tampão, costumam indagar: “O governador vai renunciar mesmo em abril?”. Se confirmada a possibilidade, quem assumir o governo provisório só poderá ser candidato à reeleição de governador, conforme estabelece a legislação eleitoral.

Nos bastidores do MDB não existe nome definido de candidato à sucessão de Renan Filho. Alguns secretários estaduais da cúpula dos Calheiros têm sido especulados, e até o nome de Paula Dantas como candidato à reeleição.

Já os prefeitos, vereadores e deputados bolsonaristas aguardam definições do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para traçar novos rumos. Um deles é o deputado Cabo Bebeto (PTC). “Faço parte do grupo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Deveremos seguir com ele. Vamos aguardar”, diz o deputado. Os tucanos Dudu Ronalsa e Cibele Moura, por causa da legislação eleitoral, dizem que “ainda é cedo para divulgar se permaneceremos ou mudaremos de partido”. Os dois deputados estão de olho nas eleições presidenciais. De qualquer forma, os bastidores especulam debandada deles, além também de prefeitos e vereadores do ninho tucano. A principal liderança do PSDB em Alagoas, o ex-governador Teotônio Vilela Filho, tem se mantido longe inclusive dos bastidores políticos.

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