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Política Sessão especial foi realizado no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas

DEPUTADOS ACUSAM RENAN FILHO DE USAR MÁQUINA PARA FINS ELEITOREIROS

Para parlamentares da oposição, governador tem criado uma “Alagoas utópica” nas redes sociais

Por thiago gomes | Edição do dia 24/11/2021 - Matéria atualizada em 24/11/2021 às 04h00

Deputados que compõem o bloco de oposição ao governador na Assembleia Legislativa (ALE) protagonizaram um longo debate, na manhã desta terça-feira (23), no qual acusaram Renan Filho (MDB) de utilizar a máquina administrativa para fins eleitoreiros e fazer pressão ao Legislativo com política barata. Eles citaram a maneira como o Executivo tem tratado o programa Bolsa Escola 10, que visa premiar os alunos que concluírem os estudos. O assunto foi abordado pelo deputado Cabo Bebeto (PTC) ao mencionar trechos do discurso do governo, em evento no interior do Estado, ocasião em que a iniciativa foi apresentada a um grupo de estudantes da rede estadual de ensino. O governador divulgou que o Estado pretende recompensar com dinheiro os alunos que se mantiverem em sala de aula.

Na concepção do parlamentar, Renan Filho teria dito, no discurso, que aguardava a votação da proposta com certa urgência na Assembleia Legislativa e falou que, se a análise, no Parlamento, não fosse concluída até dezembro, a gratificação seria inviabilizada.

“Ele estava querendo dizer aos presentes que sempre tem alguém que não quer deixar o governo pagar à meninada. E tenta jogar a população contra a Assembleia, fugindo da obrigação de realizar o trabalho da educação e conscientização dos alunos”, destacou Cabo Bebeto. Ele completou que o governador estaria incentivando os estudantes a se mobilizarem em prol da votação do programa no Legislativo o mais rápido possível. “O governador pediu aos alunos que o sigam nas redes sociais. Ali, ele daria o comando para a mobilização, caso a votação não acontecesse em tempo hábil. Nossa Casa é independente e não trabalha sob pressão e ameaças”, emendou o deputado. “Lamentável o oportunismo e o abuso de poder político praticados pelo governador. Esse é o padrão Renan Filho de governar Alagoas: tornar o alagoano dependente”.

Em aparte, o deputado Davi Maia (DEM) chamou o governador de mentiroso e de enganador por criar uma Alagoas utópica nas redes sociais. “Escola 10 não existe. Esta Casa aprovou projeto de lei, de autoria da deputada Cibele Moura, que previa o pagamento de R$ 50 aos estudantes ao longo da pandemia com recurso da merenda escolar, mas o governo só pagou um mês. Se não teve dinheiro para R$ 50, imagine para R$ 2 mil, como está prevendo”.

Segundo ele, o programa anunciado pelo Palácio chega às vésperas de ano eleitoral, quando ninguém saberá, ao certo, se terá continuidade. “O governador traiu seus pares [citando o ex-vice-governador Luciano Barbosa] e se mantém com discurso de falácias aos 47 minutos do segundo tempo. Educação nunca foi prioridade na gestão Renan Filho, levando em conta que Alagoas continua com indicadores altíssimos de analfabetismo”. O tema também despertou o interesse da deputada Jó Pereira (MDB). Ela adiantou que já se debruçou sobre o projeto, mas adiantou que faltaram dados, raciocínio abrangente e o desenho da política pública que tenha a educação como principal motor. Segundo a parlamentar, trata-se de uma proposta de um auxílio que não tem começo, meio e fim. “O que se precisa é de busca ativa, onde o auxílio é um dos componentes de combate à evasão e abandono escolar. Deve-se premiar os reais desafios de Alagoas, e um deles seria o Plano Estadual de Educação, que não é considerado pela gestão”, afirmou Jó Pereira. Já o deputado Silvio Camelo (PV) defendeu as ações governamentais. Segundo o líder, a gestão Renan Filho foi a que mais investiu em educação, e a prova seria o desempenho do Estado no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica].

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