loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quarta-feira, 16/07/2025 | Ano | Nº 6011
Maceió, AL
19° Tempo
Home > Política

Política

PREFEITOS E CONSUMIDORES REPROVAM GESTÃO DO SANEAMENTO DO GOVERNADOR

Maceió e várias cidades da região metropolitana continuam enfrentando deficiência no abastecimento de água

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Imagem ilustrativa da imagem PREFEITOS E CONSUMIDORES REPROVAM GESTÃO DO SANEAMENTO DO GOVERNADOR
-

Prefeitos, vereadores, deputados com base política no semiárido de Alagoas e alguns parlamentares federais não escondem a preocupação com o projeto do governador Renan Filho (MDB) de leiloar os blocos B e C dos serviços de água e esgoto para a iniciativa privada por 35 anos. O leilão está previsto para acontecer em dezembro. A Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas) ficará com a responsabilidade de captar e fazer o tratamento da água para empresas privadas que atenderam mais de 80 municípios. Os prefeitos querem novo modelo de gestão do saneamento que inclua inclusive a coleta dos resíduos sólidos e desconfiam do modelo que o governo quer leiloar na reta final da gestão. Eles criaram o modelo “D”, que prevê coleta do resíduo sólido. O secretário de Estado da Fazenda, George Santoro, tem trabalhado com os prefeitos na tentativa de convencê-los a comprar a ideia de conceder a outorga dos serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto para a iniciativa privada, como ocorreu na região metropolitana. O problema é que as cidades metropolitanas e particularmente Maceió enfrentam sérios problemas no abastecimento da população, e o modelo de gestão com a BRK Ambiental não agradou aos consumidores e muitos menos às prefeituras. Velhos problemas como o racionamento nos bairros mais pobres, condomínios que precisam ser abastecidos com caminhões-pipa e a discussão com o governo do Estado a respeito dos R$ 2 bilhões que as prefeituras reivindicam que sejam aplicados nos 13 municípios metropolitanos e o Executivo quer aplicar em outras regiões, são os pontos mais negativos. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal agora diz que o dinheiro da transação é para investimento na região metropolitana. A vitória da batalha jurídica é do PSB, do prefeito JHC, que reivindica mais de R$ 1 bilhão dessa transação. O PP do deputado Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, também discorda da gestão do governo estadual. Tudo isso gera desconfiança na maioria dos 89 prefeitos. O município de Arapiraca, que tem sistema próprio e conhece bem os problemas enfrentados pela gestão Renan Filho (MDB) depois que a BRK ganhou o leilão da outorga e ainda não consegue amenizar o drama de milhares de consumidores metropolitanos, já manifestou que não tem interesse em participar desse projeto de outorga do saneamento para a iniciativa privada idealizado pelo modelo do Executivo estadual. A empresa BRK Ambiental se defende das críticas com peças publicitárias. Justifica que os graves problemas no abastecimento de água e tratamento de esgoto são antigos e admite que não se resolve “da noite para o dia”. Promete que vai melhorar os sistemas, sem definir quando. E, como medida paliativa, colocou carros-pipa para atender as comunidades mais críticas. Essa transação, que permitirá à empresa explorar os serviços de água e esgoto por 35 anos na região metropolitana, foi fruto do leilão na Bolsa de Valores de SP. O governo recebeu pouco mais de R$ 2 bilhões e quer aplicar em obras de outras regiões. A maioria dos 13 prefeitos metropolitanos discorda. A BRK se compromete a investir mais de R$ 2,5 bilhões em nove anos para sanear 90% da região.

Leia mais na página D11

Relacionadas