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ESPECIALISTA DEFENDE RESTRIÇÃO DE ACESSO A PESSOAS NÃO VACINADAS

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Com a nova variante do novo coronavírus, a ômicron, espalhando-se pelo mundo, especialistas defendem que sejam redobrados os cuidados para conter a transmissão e que a população ainda não vacinada ou que não completou sua imunização procure fazê-lo o quanto antes. A preocupação não é direcionada apenas ao risco de contágio pela variante, mas principalmente ao ritmo da vacinação em todo o Brasil, paralelamente à perspectiva de abertura total dos espaços para a realização das festas de fim de ano sem que haja controle para evitar o acesso de pessoas não vacinadas. Em seu Artigo 6º, o Decreto Estadual 76.147, publicado em outubro, estabelece aumento gradativo de público para a realização de eventos em Alagoas, autorizando a realização de eventos “sociais, corporativos e celebrações” em espaços fechados com 100% da capacidade dos espaços a partir de dezembro. “Os eventos terão limitação de 50% (cinquenta por cento) da capacidade do local no mês de outubro, 80% (cinquenta por cento) da capacidade do local, no mês de novembro e 100% (cem por cento) da capacidade do local, no mês de dezembro, de acordo com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros do espaço”, informa a legislação vigente. Questionado sobre isso, e considerando o atual estágio da pandemia, o infectologista diz que o final do ano passado é um exemplo de que a flexibilização da segurança sanitária precisa estar associada à prevenção e aos cuidados. “Para a realização de eventos dessa natureza é necessária a constatação de que o público frequentador desses espaços esteja vacinado. É necessário acelerar a vacinação porque ainda há uma grande quantidade de pessoas que não tomou nem a primeira dose das vacinas. É necessário, se for o caso, fazer busca ativa, exigir passaporte de vacina, restringir o acesso aos espaços às pessoas que não comprovarem a vacinação”, adverte o médico. Ele diz que se não houver controle sobre os frequentadores de espaços de eventos, há grave risco de maior contaminação. Por isso, alerta que o momento é de promover mecanismos para reforçar a vacinação, em todas as etapas do esquema vacinal, e os cuidados com a proteção individual. “Nossa experiência mostra que festas de final de ano são dadas à confraternização. As pessoas tiram as máscaras para comer e beber, ficam alegres, aglomeram bastante, coisa que o coronavírus adora. Então até que tenhamos uma melhor clareza sobre esse momento, seria mais adequado esperar para flexibilizar. E se for realizar eventos, deve-se observar o controle sobre o público que frequenta, exigindo a comprovação de vacinação e realização de testes rápidos antígenos”, orienta. Renee Oliveira afirma que a situação observada neste momento na Europa mostra que a nova onda tem dois fatores preponderantes: o baixo índice de vacinação e a reabertura dos espaços antes de alcançar um percentual seguro de imunização. “Pelo que se observa na Europa, principalmente a partir da Alemanha e países do Leste Europeu, a nova onda está relacionada com a vacinação e a reabertura precoce, antes de se obter um percentual seguro de pessoas vacinadas. Países como Portugal e Inglaterra, onde a vacinação foi mais eficaz, estão em melhor situação”, informa o médico. Questionado sobre o que seria possível fazer para evitar a circulação da nova variante, o médico pondera que a identificação do vírus é recente, que as informações ainda estão em aberto e que apenas o fechamento das fronteiras contribuiria de forma mais eficiente para conter o vírus. “A nova variante assusta porque pouco se sabe sobre ela, mas o grande temor da comunidade científica é pelo número de mutações, o que pode colocar em risco a eficácia das vacinas diante dessas novas formas. Sabemos que é quase impossível evitar a circulação de um vírus de transmissão respiratória. Então, o que podemos fazer, nesse momento, é reduzir a exposição aos riscos, isolando pessoas que cheguem dos países de maior infecção, acelerando a vacinação e monitorando os efeitos dessas mutações. Sobre a realização de eventos, é necessário cautela para, quem sabe, venhamos a ter segurança no Carnaval”, pondera o infectologista Renee Oliveira.

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