Quando o governador Ronaldo Lessa (PSB) desembarcar hoje, às 15h30, no Aeroporto Zumbi dos Palmares, encerrando um roteiro de viagem que durou 15 dias por países da Europa e São Paulo, onde estava desde domingo, será recepcionado pela prefeita licenciada Kátia Born e toda a cúpula do PSB, que articula o projeto de eleição do prefeito em exercício de Maceió, Alberto Sexta-Feira. A idéia é criar um clima de campanha para Sexta-Feira, com Lessa encabeçando o projeto, admitiu a própria Kátia Born. “Ronaldo Lessa é fundamental para nos ajudar a compor o projeto de aliança”, disse Kátia, deixando escapar que “queremos um vice que venha do Partido dos Trabalhadores ou do PMDB”. Segundo Kátia, a aliança entre o seu PSB e o PT é uma realidade nacional. “Não tem sentido a gente continuar separado em Maceió”, defende. A prefeita licenciada acredita que o projeto do PSB, liderado pelo prefeito em exercício, vai chegar ao dia da convenção (em 27 de junho) com a aliança com o PT, PMDB, PCdoB, PV e outros partidos de centro-esquerda. “Se a gente fechar com o PT, vamos tentar trazer José Genoíno (presidente nacional do PT) e José Dirceu (ministro do Gabinete Civil) para a nossa convenção”. Ela também não quer perder de vista a aliança com o PSDB. “Acho que no momento certo o senador Teotonio Vilela também estará do nosso lado”, aposta. Antes de embarcar para Maceió, Lessa conversou por telefone com Kátia. A primeira pergunta foi sobre a movimentação política. Quando desembarcar em Maceió, o governador dará entrevista coletiva onde fará um balanço da viagem. PT A tese da prefeita Kátia Born, de uma aliança de centro-esquerda com o PSB na cabeça de chapa, tem resistência dentro do próprio PSB. Lessa, antes de viajar, sustentava um projeto de aliança, mas sem imposição. O presidente do diretório estadual do PT, deputado Paulo Fernando dos Santos (Paulão), concorda com um projeto de aliança das forças de centro-esquerda. Mas discorda da imposição feita pela prefeita licenciada. “Defendo um projeto de aliança, não só para as eleições municipais. Temos de pensar também em 2006, criar estratégias para mudar o perfil das nossas bancadas estadual e federal”, disse Paulão. Paulão e sua assessoria trabalham firme nos bastidores para a construção de um projeto de aliança. Já Téo Vilela disse várias vezes que só discute aliança depois de conversar e conhecer todos os projetos dos outros pré-candidatos. (AF)