Manter a cidade limpa é um dos principais desafios da Prefeitura de Maceió. A coleta do lixo domiciliar, atividade que não pode ser interrompida, segue apesar da repercussão jurídica de ações do Executivo contra a empresa Via Ambiental Engenharia Serviços S/A, que, depois de ter tido o contrato suspenso, conseguiu decisão favorável para continuar operando.
Isso não significa, porém, que o embate tenha cessado, já que, de acordo com informações da assessoria da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), a prefeitura voltou a notificar a empresa, que é responsável pela coleta domiciliar na parte alta da cidade. Isso, porém, não tem atrapalhado os serviços, já que são poucas as reclamações por atraso.
O serviço de coleta é considerado essencial e ocorre diariamente. Por mês são coletadas em média 30 mil toneladas, o que gera um custo aos cofres públicos de R$ 8 milhões. Em geral os veículos coletores passam dois dias por semana nos vários bairros da cidade. A operação de coleta se encerra com o descarrego de todo o material no Aterro Sanitário, que é quem opera, em fase final, com o material coletado, fazendo o devido tratamento dentro dos padrões. Os valores pagos têm como base a pesagem dos coletores, por isso não dá para mensurar o que é pago apenas a um das empresas.
Por conta da dinâmica da cidade, a Via Ambiental atua nos bairros da parte alta. Além da coleta domiciliar, o trabalho inclui a varrição e coleta de entulho. O movimento diário fica imperceptível quando é realizado de forma diária, mas basta uma semana de descontinuidade para rapidamente ganhar visibilidade e gerar reclamações. Um detalhe importante é que pelo perfil do trabalho a atividade é grande empregadora de mão de obra com pouca qualificação. São homens e mulheres que fazem do esforço físico parte da engrenagem que se soma aos equipamentos que complementam a atividade.
Para sua execução, inclusive, necessitam de material de proteção individual completo, mais o uso de proteção solar e o transporte para os locais das atividades. A complexa engenharia que começa com a retirada do lixo das áreas residenciais e o seu processamento final no aterro é toda coordenada e acompanhada pela Sudes. A busca pelo aperfeiçoamento do trabalho é o que mais interessa para o Executivo. Por meio de nota a superintendência reafirma esse compromisso e explica que continua cobrando a execução do contrato e todos os itens que garantam sua eficiência.
CONFIRA A NOTA:
A Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável informa que, após o descumprimento de diversos itens propostos em contrato, o órgão decidiu pela rescisão do instrumento contratual com a empresa Via Ambiental. O processo seguirá os devidos trâmites legais. A Sudes reitera que durante o processo, a coleta domiciliar seguirá acontecendo normalmente. A Superintendência reforça que tem cobrado para que os serviços sejam prestados aos maceioenses e que trabalha para que a população seja assistida de forma eficiente.