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CORREGEDORIA TEM 500 PROCEDIMENTOS SOBRE DESVIO DE CONDUTAS DE PMs

Segundo o MPE, mais 500 estão sendo aguardados para abertura oficial das apurações

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Imagem ilustrativa da imagem CORREGEDORIA TEM 500 PROCEDIMENTOS SOBRE DESVIO DE CONDUTAS DE PMs
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Em meio a casos de denúncias de violência policial em Alagoas, o Ministério Público do Estado de Alagoas apontou que existem atualmente, na corregedoria da Polícia Militar, mais de 500 procedimentos abertos para investigar desvios de condutas de policiais da corporação. As informações foram repassadas à TV Gazeta.

Ainda segundo o MPE, mais 500 procedimentos estão sendo aguardados para abertura oficial das apurações. “Se o Estado de Alagoas adotasse, junto aos policiais militares, a câmera corporal, muitas dessas situações seriam dirimidas, porque ela capta áudio e vídeo e seria de fundamental importância, tanto para o policial demonstrar como foi sua conduta diante da abordagem, como para o cidadão poder dizer se ela teria sido abusiva ou não”, promotor Magno Alexandre.

Um dos casos abertos recentemente é o do gari Walquides Santos da Silva, que não só a corregedoria da PM está apurando, como já há um inquérito policial formada por uma comissão de delegados. Segundo informações da família, Walquides teria ido a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, ao retornar de noite para casa, se deparou com uma abordagem truculenta da polícia. Ao ouvir disparos, teria tentado fugir. Já a versão da polícia é de que Walquides estaria traficando drogas. Ele foi preso em flagrante por tráfico de entorpecentes e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE) para tratar os ferimentos provocados pelos disparos. Enquanto esteve internado, Walquides cumpriu medidas restritivas. A família só podia visitá-lo com autorização judicial. No entanto, a Justiça determinou a soltura e ele responderá o processo em liberdade. Outro caso recente, que agora está sendo acompanhado pelo Ministério Público, é o de Anderton Thiago, de Fernão Velho. Ele conta que voltava da casa na namorada quando foi abordado pelos policiais militares. “Eles já me abordagem e encostaram a viatura na minha moto para eu cair, já caí em cima das pedras da linha do trem e sem perguntar nada, já foram me agredindo, foram dando no meu rosto, quebraram meu telefone e arrancaram todos os chips do meu cartão”, expõe o entregador. Ele diz ainda que os policiais não o questionaram sobre nada e pediram para ver os documentos. Durante a abordagem, segundo a denúncia, os policiais teriam quebrado a moto do entregador. “É uma moto que uso para fazer entrega e rasgaram os dois pneus, quebraram os faróis, quebraram bastante coisa e depois da abordagem pediram para eu gravar um vídeo dizendo que eu fui correr da polícia, caí da moto, em cima da linha do trem, e que a abordagem foi normal”, conta. A família registrou um Boletim de Ocorrência e disse que vai fazer exame de corpo de delito.

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