Política
PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS ATINGEM ESTRUTURA DAS POLÍCIAS
Reforma do prédio do comando-geral da Polícia Militar e da sede da SSP ficou só no papel


Palco da festa de comemoração dos 190 anos da Polícia Militar de Alagoas (PMAL) na última semana, a Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello está entre as promessas feitas pelo governador Renan Filho (MDB) durante a campanha e não cumpridas após eleito. Isso porque, em 2014, ainda na primeira campanha ao executivo estadual, ele prometeu que reformaria o local, mas, passados quase oito anos de gestão, não fez nada além de pequenos reparos. Renan Filho, inclusive, não foi à cerimônia festiva da PMAL. Alguns dos pequenos reparos feitos pelo governo Renan Filho na academia da PMAL são em razão de outra promessa não cumprida pelo governador, a reforma do quartel do comando-geral da instituição. A promessa foi feita em 2018. Em 2019, um laudo da Defesa Civil Estadual apontou que o imóvel corria risco de desabar, mas, passados três anos, nada de reforma, pelo contrário, quem passa em frente ao imóvel histórico se distancia com medo de que alguma parte do prédio caia. Os militares que trabalhavam no lugar tiveram que ser realocados, um dos lugares que os recebeu foi a Academia de Polícia, que, para isso, passou por pequenos reparos. Logo ao lado do quartel geral, ao atravessar a rua estreita, está outro memorial de promessa não cumprida por Renan Filho, o prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AL). Isso porque, em 2018, o governador prometeu que iria construir a nova sede da SSP-AL e o novo Centro Integrado Operacional de Segurança Pública (Ciosp). Mas, tudo isso ficou no papel. Basta ir no velho prédio da SSP para atestar que lá continuam os servidores dando expediente. As promessas não cumpridas por Renan Filho não ficam apenas na Polícia Militar de Alagoas, a Polícia Civil também é penalizada. Em 2018, o governador prometeu que iria implantar o programa força tarefa na Polícia Civil com postos de Boletim de Ocorrência (B.O) no interior. Na prática, a realidade é outra, sem pessoal e sem estrutura, quem depende dos serviços da PCAL ainda sofre. Nos fins de semana, delegados trabalham em regime de plantão em delegacias regionais atendendo a dezenas de municípios.