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TROCA DE SECRETÁRIOS PREJUDICOU PARCERIA COM PLANTADORES DE CANA

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O setor canavieiro ainda é considerado como “motor” da economia rural. Nem por isso goza do prestígio e incentivos que teve no passado, reclamam a maioria dos 7,5 mil plantadores em 60% dos 102 municípios, que reclamaram a falta de sementes, de assistência técnica rural e incentivos prometidos à agricultura familiar. Os líderes setoriais dos fornecedores lembraram que os plantadores ainda são os maiores geradores de empregos no campo e nas cidades porque movimentam a economia e geram mais de 100 mil empregos diretos, afirmam o Sindicato dos Usineiros e a Associação dos Plantadores. A economia estadual se alicerçava em torno das 24 usinas. Depois do fim dos incentivos e benefícios fiscais no setor e da crise econômica que provocou o fechamento de nove usinas, o setor passou por profunda modificação nas gestões de indústrias e das fazendas. A maioria se profissionalizou. Com isso, o setor buscou equilíbrio. Os plantadores representam quase 40% da produção total da safra plantada.Com o fim subsídios, com equalização de preços praticados em estados vizinhos e outros benefícios cortados, produtores e usineiros foram obrigados a adequar a gestão dos negócios.Hoje, a maioria dos 7,5 mil fornecedores de cana sobrevive em situação idêntica à dos agricultores familiares, de outros setores produtivos que dependem de políticas efetivas da pasta de Agricultura. Segundo o presidente da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas, Edgar Filho, cerca de 90% dos associados da Asplana produzem entre 500 e 600 toneladas de cana/ano. Isso transformado em faturamento, segundo Edgar, representa um salário mínimo por mês. “Então, a maioria dos nossos fornecedores hoje são agricultores familiares, sim”, admitiu. Nesse sentido, Edgar filho reconhece que a parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura é importante para a sobrevivência do setor. Desde 2015, a Asplana mostra ao governo estadual a realidade econômica dos fornecedores. Foi criada inclusive uma Câmara setorial para discutir os problemas do setor, o principal deles o débito dos usineiros com os fornecedores.A Asplana fez com o governo Renan uma espécie de parceria para o setor receber também sementes, adubos e assistência técnica rural, mas não não funcionou por causa das trocas constantes de secretários.Os plantadores, como a maioria dos agricultores familiares, passaram três anos sem receber sementes e assistência técnica da Seagri.

Apesar disso, no balanço que o presidente da Asplana fez da gestão Renan para o setor canavieiro, destacou como “positiva”, pois o governo conseguiu fazer a equalização do incentivo fiscal do ISS de Alagoas com Pernambuco. Antes, os produtores de Alagoas pagavam impostos mais altos que os do estado vizinho. A situação estava provocando fechamento de usinas e aumento da dívida com os fornecedores. A Câmara setorial ajudou nos acordos com as usinas, abatimento de impostos e ainda fornecedores e usineiros a encontram equilíbrio econômico.AF

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