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DEPUTADOS COBRAM HABITAÇÃO PARA AQUECER A ECONOMIA

Para Inácio Loiola, projetos devem ser seguidos de um trabalho social para evitar desvio de finalidade

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O ato de governar o País, estados e municípios é a ação de definir prioridades. Uma das prioridades neste momento para os municípios e estados pobres como Alagoas é a habitação para as camadas em vulnerabilidade social e investimentos nas duas maiores vocações econômicas regionais. Hoje, moradia, energia, saneamento com água, esgoto e segurança pública são imprescindíveis para quem pensa em estratégia para animar as vocações econômicas do nosso estado, afirma a maioria dos deputados estaduais, alguns inclusive da bancada governista. Eles garantem que existem recursos para investimentos em projetos sociais como construção de casas populares que ajudariam a aquecer a economia. “Os recursos do Fundo de Combate à Pobreza poderiam ser aplicados em projetos com impactos imediatos para quem precisa trabalhar, ao mesmo tempo de moradia digna e assim ajudar a movimentar a economia formal. Porém, é preciso que haja um diagnóstico das necessidades da população em situação de vulnerabilidade social para daí se tratar das prioridades do estado e dos projetos sociais”, defende, por exemplo, a deputada Jó Pereira (MDB), que é uma das integrantes do conselho gestor do Fecoep. Ela, no entanto, é voz derrotada quando defende investimento com recursos no fundo em programas estratégicos na agricultura e nas áreas de extrema vulnerabilidade social. Outro que defende o princípio de “prioridades na gestão pública” é o deputado Inácio de Loiola (PDT). Diante da crise social que o Estado vive com o empobrecimento de um terço da população (1,1 milhão de habitantes), Loiola concorda com os que defendem a retomada do programa de habitação popular como havia até o final dos anos 80. “As pessoas sonham com a casa própria. Alagoas precisa disso neste momento. Resgatar a autoestima dos mais pobres é fundamental”. Destacou, porém, que, além da habitação, o Estado precisa de investimentos na agricultura e apoiar as iniciativas dos empreendedores do turismo. “A agropecuária e o turismo também precisam da devida atenção porque são as duas principais vocações do Estado”. Ao destacar a necessidade de projetos sociais estratégicos e que as duas vocações econômicas de Alagoas andam desprezadas, citou exemplos de estados vizinhos do Nordeste que valorizam ativos do turismo que se comparado aos de Alagoas, segundo o deputado, são inferiores. “Eu fico indignado quando vejo o governo da Bahia e a prefeitura de Salvador venderem a Lagoa do Abaeté, que é um barreiro como se fosse algo excepcional, e a gente aqui não preserva e não sabe divulgar as belezas lagoas que temos. Fico indignado também quando vejo o ufanismo dos baianos pelas praias de Itapuã, Farol da Barra entre outras cheias de pedra, enquanto Alagoas tem 250 quilômetros das praias mais bonitas do País e não divulga isso com o mesmo ufanismo dos baianos. A Igreja do Bonfim é conhecida no mundo inteiro enquanto nós temos aqui igrejas que guardam histórias e estilos da arquitetura colonial em Marechal Deodoro, Penedo e não são contabilizadas como ativos valiosos da cultura e do turismo. É importante destacar que o ser humano só é universal quando canta em sua aldeia. A gente precisa aprender isso”, recomenda o deputado aos gestores públicos.

MORADIA

O deputado Inácio de Loiola também aprova a ideia de retomada dos investimentos estaduais na construção civil, nos projetos de casas populares como ocorreu até o final dos anos 80. “A moradia é um elemento forte para a retomada do desenvolvimento nas áreas de vulnerabilidade social”. Porém, defende que os projetos devem ser seguidos de um trabalho social para evitar que a moradia seja trocada por bicicletas, televisores ou vendida por valores irrisórios como ocorreu no passado. “Eu conheço pessoas que ganharam imóveis para sair das favelas de Maceió e se desfizeram de um bem importante em troca de produtos irrisórios. Algumas pessoas são estimuladas cotidianamente à vaidade, ao irrisório e terminam não dando o devido valor ao que realmente importa, como uma casa própria”, avaliou o parlamentar sertanejo. O deputado oposicionista Davi Maia (DEM) não perdeu a oportunidade e voltou a criticar a gestão do Executivo estadual. “O governo Renan Filho não tem o que apresentar no campo do investimento social e muito menos em moradia popular. Por sorte o governo está no fim. No palácio [República dos Palmares] o café já esfriou, a água esquentou e o governo acabou”, alfinetou.

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