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EDUCAÇÃO ESPERA TECNOLOGIAS PARA ENSINO PÚBLICO HÁ 10 ANOS

A pandemia expôs a falta de investimentos tecnológicos no ensino público de estados como Alagoas

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Josealdo Tonholo precisa de R$30 milhões para renovar o parque tecnológico da Ufal
Josealdo Tonholo precisa de R$30 milhões para renovar o parque tecnológico da Ufal -

Os governos federal e de Alagoas sabem que as novas tecnologias são realidades de futuro e políticas irreversíveis de desenvolvimento. Mesmo assim, há 10 anos não investem em inovação tecnológica no ensino público, por exemplo. Os sistemas analógicos e equipamentos de TI (Tecnologia da Informação) da educação têm dificuldades até para encontrar peças de reposição porque estão superados e não foram tratados como prioridades e estratégia de Estado, admitem os ex-secretários de Ciência e Tecnologia, da Educação e o próprio reitor da Universidade Federal de Alagoas, Josealdo Tonholo, que hoje precisa de R$30 milhões para renovar o parque tecnológico. Situação semelhante a da educação estadual e da maioria dos 102 municípios, que efetivamente não conseguiram atender os estudantes com aulas virtuais nesses dois anos de pandemia. A maioria dos equipamentos das redes lógica e de TI do Estado e das universidades federais estão superados. Na maioria das vezes a manutenção não encontra peça de reposição. No campo estadual, até os três polos tecnológicos de Maceió, Arapiraca e Batalha precisam de inovação tecnológica constante e se desenvolverem como planejado. Mesmo assim, a Ufal e a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia mantêm uma parceria no campo da inovação tecnológica. Alguns laboratórios da área de inovação da Ufal neste momento estão abrigados no parque tecnológico no bairro de Jaraguá. Isto acontece por dois motivos: a necessidade de estar próximo da iniciativa privada; e o ambiente do parque tecnológico ter mais disponibilidade de internet porque estão ligados diretamente à Fundação de Amparo a Pesquisa [quem hoje no estado tem recursos para fomentar pesquisa], que é o ponto de chegada confiável da internet e inspira mais confiança de trabalho de rede. Além de admitir a interação e parceria com o estado, o reitor Josealdo Tonholo revelou que os laboratórios de TI da Ufal continuam em operação. Porém, as atividades mais avançadas em inovação estão alojados no polo tecnológico. Tonholo disse que há um crescimento na área de TI. A pandemia forçou este momento tanto no governo federal como no estadual. Antes as empresas criaram demandas próprias na área de Tecnologia da Informação, hoje as empresas de TI são realidades e aqui em Alagoas tem algumas prestando serviços para outras empresas do mercado internacional. “Tem micros e pequenas empresas sendo implantadas para dar suporte às grandes corporações, a estados e municípios”, disse o reitor, ao acrescentar que “os laboratórios da Ufal prestam serviços para grandes empresas multinacionais que produzem equipamentos de ponta para o mercado internacional. Alguns desses projetos são desenvolvidos por nossa equipe lá no polo tecnológico de Maceió”. Apesar de ter sido inaugurado no ano passado, os cientistas da Ufal revelam que o Polo Tecnológico de Jaraguá está saindo da fase embrionária e entrando no estágio de ocupação. A preocupação dos profissionais que não querem as identidades divulgadas, é com o futuro dos parques tecnológicos de Alagoas e particularmente o de Jaraguá que começa a se estruturar. A maioria dos pesquisadores teme que o projeto seja abandonado no futuro por falta de planejamento, recursos de manutenção e definição de estratégia política de sobrevivência. Josealdo Tonholo acredita que o polo sobreviverá na próxima gestão do governo estadual porque não depende totalmente de recursos públicos. A Ufal goza de franquia e não paga nada para se alojar no polo. No entanto, a autarquia federal é catalisadora de negócios e envolve muitos estudantes. A instituição federal utiliza o Polo como vitrine para as empresas capturarem os alunos da Universidade. Para o reitor, os desafios maiores da próxima gestão serão nas áreas de educação e saúde. “Na área de educação, apesar de alguns avanços, o estado permanece na lanterna nas estatísticas de analfabetismo e evasão escolar. Este retorno das atividades presenciais pós pandemia do coronavírus será uma conta muito alta para esses dois setores [saúde e educação] do estado”, avaliou o reitor, ao revelar o alto custo em investimentos em novas tecnologias para educação, manutenção das novas unidades de saúde e investimentos em pessoal. “Um hospital que custou R$100 milhões para ficar pronto, o governo precisará de R$50 milhões/ano para mantê-lo. Portanto, é preciso deixar planejado como vai funcionar tudo para que o próximo gestor tenha condições de tocar a política desses dois setores”, alertou o reitor, ao lembrar que os reflexos da guerra entre a Rússia e Ucrânia afetará toda a economia mundial com reflexos danosos em países como o Brasil.

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