POLOS NÃO CUMPREM SEUS OBJETIVOS DE ATRAIR EMPRESAS

Os três polos tecnológicos de Alagoas ainda não cumprem os seus objetivos de atrair empresas para a economia, gerar novas oportunidades e acelerar a implantação das inovações tecnológicas, sobretudo nos segmentos do serviço público. Os dois polos do interior praticamente não funcionam e o da capital ainda não saiu da fase embrionária. As denúncias são de deputados estaduais, entre eles o líder da oposição, deputado Davi Maia (DEM). “Esses polos representam investimentos superiores a R$ 30 milhões que não se desenvolvem por falta de política e definições do governo”. Ao descrever a situação dos polos tecnológicos subordinados à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Maia explicou que o de Batalha até o momento não foi concluído e na prática não consegue atender os produtores da Bacia Leiteira. Já o polo de Arapiraca, segundo o deputado, só não está entregue às traças porque a Uneal está aproveitando a estrutura para formação de estudantes e movimentos sociais. Mas os investimentos de R$12 milhões em equipamentos e os laboratórios não cumprem os objetivos idealizados”. Quanto ao polo tecnológico de Jaraguá, em Maceió, que levou 10 anos em construção e custou mais de R$18 milhões, o deputado considerou que nem de longe cumpre os objetivos. “O governo estadual não desenvolve no polo uma política de indução de desenvolvimento, não tem estratégia de investimentos e muito menos dispõe de um programa de estado. Hoje, o polo se resume a abrigar algumas empresas e parte de laboratórios de universidades”. Isto acontece porque, segundo o deputado, o Executivo estadual utiliza a Secretaria de Ciência Política como moeda de troca de apoio político. “ Os três polos ainda estão inviabilizados e não conseguiram desenvolver a cultura do empreendedorismo, da inovação tecnologia e não são indutores do desenvolvimento tecnológico no Sertão, Agreste e na capital”. A bancada governista rebate os colegas da oposição e garante que os polos tecnológicos de Arapiraca e de Maceió são indutores do desenvolvimento tecnológico para empresas públicas, privadas, geram novas oportunidades para empresas tecnológicas e a mão de obra formada nas instituições de ensino. Um dos que mais defende os investimentos em ciência e tecnologia feita pelo executivo estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado Silvio Camelo (PV).

“O governo Renan é o que mais fez investimento na área das inovações tecnológicas. Isto é reconhecido inclusive por estados vizinhos”. Camelo destacou que o governo estadual investiu mais de R$4 milhões no projeto Centelha. O programa, segundo o governista, estimula a criação de empreendimentos inovadores e dissemina a cultura empreendedora em Alagoas.AF