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ENFERMEIROS DE HOSPITAIS NOVOS FICAM DE FORA DO PISO SALARIAL

Sineal denuncia que Estado ainda não aplicou piso aos profissionais lotados no Hospital Regional da Mata

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Sineal denuncia que Estado ainda não aplicou piso aos profissionais lotados no Hospital Regional da Mata
Sineal denuncia que Estado ainda não aplicou piso aos profissionais lotados no Hospital Regional da Mata -

A declaração do governador Renan Filho (MDB), nas redes sociais, de que os profissionais da enfermagem em Alagoas ‘estão muito felizes’ está sendo rebatida pela categoria. O piso salarial, aprovado na Assembleia Legislativa e sancionado pelo Executivo, não está sendo aplicado em todas as unidades de saúde administradas pelo Estado, conforme denúncia feita pelo deputado Davi Maia (UB) e confirmada à Gazetaweb pelo Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas (Sineal). Assim que leu a postagem no Twitter, o parlamentar cobrou de Renan Filho o tratamento igualitário, com o cumprimento da lei os servidores lotados nos hospitais. De acordo com ele, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) estaria escolhendo as unidades para implantar o piso salarial do Estado, que passou a R$ 3 mil para os enfermeiros e R$ 1.800 para os técnicos de enfermagem. “Muito bom ver falar em piso salarial de Alagoas, que foi iniciativa nossa. Aproveite [Renan Filho] e dê ordem para que todos os hospitais estaduais paguem, já que isso ainda não acontece. Como também os demais hospitais que recebem dinheiro público. Defender a enfermagem é muito mais que discurso. Tem que ter ação”, criticou Maia. Na publicação que fez, o governador alfinetou o deputado federal Arthur Lira (Progressistas), a quem sugeriu que fosse ao Hospital da Mata para conferir o trabalho executado pelos profissionais. Ele estava rebatendo o presidente da Câmara, que havia gravado um vídeo, recentemente, para reclamar do dinheiro gasto nos hospitais sem a efetiva garantia de que funcionam a contento, classificando como ‘construções faraônicas’. De acordo com o Sineal, o Estado ainda não aplicou o piso da enfermagem aos profissionais lotados no Hospital Regional da Mata, em União dos Palmares. Lá, os trabalhadores, a maioria absoluta contratada via Processo Seletivo Simplificado (PSS) ou por indicação política (com contratos precarizados), recebe salário de R$ 2.343,37 (enfermeiros) e R$ 1.200 (técnicos em enfermagem), valores abaixo do mínimo que deveriam ganhar.

No entanto, um enfermeiro, que não quis se identificar, contou à reportagem que o piso também não foi aplicado nos hospitais de Porto Calvo e do Sertão. E conta que os profissionais de contratos precarizados não têm direito a 13º salários, hora extra, férias nem atestado médico, um verdadeiro ataque aos direitos trabalhistas.

Apesar desta situação, a diretoria do sindicato acredita que a Sesau irá corrigir a disparidade na próxima folha de pagamento.

PISO NACIONAL

A categoria está na luta pela aprovação, na Câmara Federal, do Projeto de Lei 2564/12020, que institui o piso salarial nacional à Enfermagem. A aprovação do piso é aguardada com expectativa por mais de 1 milhão de trabalhadores, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares. A proposta estabelece um salário base de R$ 4.750 para uma carga de 30 horas semanais para os enfermeiros; 70% deste valor para os técnicos (R$ 3.325); e 50% (R$ 2.375) para os auxiliares de Enfermagem e parteiras. No fim de semana, trabalhadores fizeram um ato na Ponta Verde para cobrar a análise do PL e conseguiram se reunir com o deputado Arthur Lira, de quem recebeu a promessa de que a matéria terá celeridade na Câmara. “A reunião com o deputado Artur Lira foi esclarecedora. Nos garantiu que o PL 2564 será colocado em requerimento de urgência, isso acelera a tramitação, pois não passará por outras comissões. No entanto, a fonte ainda é uma situação que precisa ser trabalhada, e o deputado informou que o colegiado de líderes irá se sentar com o Senado para solucionar esse imbróglio”, afirmou Renilda Barreto, diretora do Sineal. Ela revela que ouviu do presidente da Câmara a informação de que foi criado um cronograma de discussão, de no máximo 05 semanas, para tramitação do projeto de lei, prevendo levá-lo ao plenário ainda no mês de abril.

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