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PARTE DE ARQUIBANCADA CAI DURANTE JOGO ENTRE CSA E SPORT

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Os torcedores que foram ao Estádio Rei Pelé, na noite dessa terça-feira (22), para assistir ao jogo entre CSA e Sport, pelas quartas de final da Copa do Nordeste, tiveram mais um grande susto. Isso porque eles foram surpreendidos com a queda de um pedaço enorme de reboco localizado na borda das arquibancadas altas que ficam do lado do placar eletrônico. Os torcedores do Sport estavam naquele setor, mas não na parte em que caíram os pedaços do reboco. Eles estavam no setor acima. E, como diz o ditado “além da queda o coice”, a torcida azulina, não bastasse ver a eliminação do CSA, nos pênaltis, por 3 a 1, ainda assistiu a mais um incidente dentro do Trapichão. Por sorte, a área atingida – abaixo de onde estava a torcida pernambucana – não estava ocupada. Incidentes como este não têm sido novidades no Estádio Rei Pelé, ultimamente. Ao contrário, chegam a ser um fato corriqueiro para muitos que frequentam o local. Para se ter uma ideia do perigo que corre a pessoa que frequenta a praça esportiva, esse foi o terceiro incidente denunciado no local somente este ano. O primeiro aconteceu no fim de janeiro, na partida entre CSA e Botafogo-PB, também pela Copa do Nordeste. Torcedores registraram fotos do mau estado de conservação da praça esportiva, inclusive com o desabamento de uma parte do reboco do mesmo setor da noite dessa terça (22). Mesmo com a paralisação do futebol, por causa da pandemia da Covid-19, e a consequente ausência de torcedores no estádio, de lá para cá parece que nada mudou, pois a estrutura do Rei Pelé segue causando medo e revolta em quem ainda se arrisca a frequentá-lo, com a volta dos jogos. Isso apesar de o Governo do Estado ter prometido que o Trapichão passaria por melhorias, por uma reforma, como o próprio governador, Renan Filho, prometeu, em setembro do ano passado, quando, à época, também anunciou patrocínio aos clubes CSA e CRB. Na ocasião, inclusive, a ordem de serviço para a recuperação das arquibancadas e a manutenção do Estádio Rei Pelé foi autorizada. Antes, em abril de 2019, o governador tinha feito uma visita ao estádio para conferir de perto o andamento das obras exigidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para que o Trapichão pudesse receber os jogos da Série A do Campeonato Brasileiro, que foram disputados, naquele ano, pelo CSA. Sobre o incidente no mês de janeiro deste ano, quando aconteceu, a Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj) afirmou à Gazeta de Alagoas que, durante a pandemia e os jogos com portões fechados, o Rei Pelé recebeu serviços para melhorar as condições físicas do estádio. Interditada em 2020, a área destinada aos visitantes precisava de “serviço de escoramentos das grandes arquibancadas” que, conforme a Selaj, a obra foi concluída e o Ministério Público e o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) autorizaram a utilização do espaço novamente. Já no último dia 16, durante a partida entre CSA e Paysandu, desta vez pela Copa do Brasil, uma grade de proteção, de ferro, localizada no setor das grandes arquibancadas, que fica em frente ao túnel do CSA, se soltou e feriu duas torcedoras. O estrago só não foi maior, segundo alguns dos presentes no momento em que a grade se desprendeu, porque os próprios torcedores transportaram a enorme estrutura de ferro nos braços, por sobre suas cabeças, levando-a até embaixo, para que ela não desabasse de vez sobre as pessoas. As duas torcedoras machucadas foram as gêmeas, de 22 anos, Shirly e Shirley. A primeira teve a perna imobilizada e disse que passaria por um exame de Raio X para avaliar a gravidade da lesão. Ela disse, à época, que, além dela e da irmã, muitas outras pessoas estavam penduradas na grade e quando a proteção caiu derrubou algumas pessoas. A Selaj, por meio de nota, sobre essa grade que se desprendeu, disse que “após análise técnica é possível constatar que a grade foi derrubada pela ação de torcedores e não por quaisquer tipos de defeito na estrutura do Estádio”. Já sobre esse incidente mais recente, o dessa terça-feira (22), a secretaria informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que está “avaliando a situação” e divulgou uma nota, garantindo que “o problema não oferece nenhum risco aos torcedores ou estrutura, tendo em vista que as arquibancadas baixas (setor visitante) estão interditadas justamente para a realização de intervenções”. Informou, ainda, que a tal camada de reboco que caiu “servia apenas por uma questão estética e que será totalmente retirada, evitando, assim, quaisquer transtornos”.

* Sob supervisão da editoria de Política.

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