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COMISSÃO DE ORÇAMENTO DA ALE DESCONHECE CONTAS TRIBUTÁRIAS

Um dos integrantes do órgão fiscalizador diz estar preocupado com a governabilidade do futuro governo

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O deputado Davi Davino: “Ninguém sabe explicar o volume exato da dívida de Alagoas”
O deputado Davi Davino: “Ninguém sabe explicar o volume exato da dívida de Alagoas” -

A comissão que deveria fiscalizar o orçamento do Executivo estadual é formada por cinco deputados estaduais, três deles são da base governista. A maioria, porém, diz desconhecer o montante da dívida pública de Alagoas e acredita que o futuro governador que assumir a partir de 2023 encontrará uma situação de equilíbrio fiscal por conta do ajuste que foi feito a partir de 2015. A Comissão é presidida pelo deputado Gilvan Barros (PSD) e está composta pelos deputados Bruno Toledo (PROS), Davi Davino (PP), Flávia Cavalcante (PRTB) e Inácio de Loiola (PDT). Um dos integrantes que cobra explicações de como são gastos o dinheiro público e tem feito severas críticas é o deputado Davi Davino. “Estou preocupado com a governabilidade do futuro governo”. “Ninguém sabe explicar o volume exato da dívida. Fala-se em soma impagável superior a R$ 10 bilhões, e o maior percentual é débito com a União”, avaliou Davino, que considerou como positivo os investimentos feitos na construção de cinco hospitais e unidades básicas de saúde. Porém, admitiu desconhecer o volume de recursos aplicado nas obras da saúde e o impacto nas contas públicas. “A gente só vai saber do impacto mais se na frente”. Com relação a construção dos cinco novos hospitais, o deputado considera que o estado precisa das unidades. “Mas como será o funcionamento destes novos hospitais, que têm custo de manutenção acima de R$ 3 milhões?”. Davino citou como exemplo a situação do Hospital Geral do Estado, que apesar das novas unidades, permanece como o principal hospital de referência do Estado. “Os novos hospitais foram importantes, mas é preciso manter também a estrutura que Alagoas tinha. Hoje, a população chega nas UPAS (Unidades de Pronto Atendimento), é encaminhada para as unidades básicas, depois é removida para outro hospital e o paciente é obrigado a ser remanejado novamente por falta de insumos básicos e de raios-X”, diz. Davi Davino elogiou a construção de novas UPAs, no entanto quer saber os motivos que deixam pacientes esperando até 10 horas para conseguir atendimento. “Por que isto acontece? É evidente que há problema de gestão”. O deputado disse que foram gastos muito dinheiro nos prédios e na compra de bons equipamentos. Com relação aos reajustes de 10% e 15% nos salários dos servidores, Davi Davino garante que votou favorável e disse que existe folga na Lei de Responsabilidade Fiscal para reajuste maior. “O governo pode gastar até 49% do orçamento com a folha e está abaixo de 35%. Além de estar abaixo deste percentual, o que chama a atenção é que os novos hospitais e as novas contratações são de terceirizados, por isto os gastos com a folha ficam em menos 35%”, disse o deputado. “O governador não pensou na gestão, nas famílias dos servidores, não pensou na defasagem salarial dos últimos anos. Pensou na eleição”, lamentou. “O futuro governador terá um grande trabalho com as contas públicas”, prevê Davino. A Gazeta encaminhou perguntas para o secretário de Estado da Fazenda, George Santoro, para compor esta reportagem. Mas até o fechamento desta edição não chegaram às respostas.

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