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DEPUTADO SE RECUSA A USAR TORNOZELEIRA

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O deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ) disse ontem que não aceitaria colocar a tornozeleira eletrônica em troca de o tema ser analisado imediatamente no plenário da Casa. "Se colocar tornozeleira, está acabando com o Legislativo. É letra de lei", disse Silveira após ser questionado pelo UOL. "Se eu te prender agora por você perguntar isso, você defende?", acrescentou. A fala ocorreu horas após a Polícia Federal tentar instalar o equipamento de rastreamento no parlamentar. A diretoria da Câmara informou que, além de policiais federais, a Polícia Penal do Distrito Federal também foi lá para tentar cumprir decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). No último sábado (26), Moraes determinou que o parlamentar voltasse a usar tornozeleira e o proibiu de deixar o Rio de Janeiro, exceto para idas a Brasília que sejam relacionadas ao exercício do mandato na Câmara. A decisão do ministro atende a um pedido feito pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, em manifestação enviada na sexta-feira (25) ao STF. Como resposta, Silveira afirmou em discurso na tribuna da Câmara que não iria acatar a ordem de Moraes e chegou a anunciar que iria se mudar para seu gabinete. Ele acredita que a ordem não pode ser cumprida dentro da Câmara dos Deputados, por ser "inviolável". Ontem à tarde, quando os agentes chegaram, Daniel estava no plenário. Ele saiu e se dirigiu a uma sala com outros deputados. Após passar algumas horas, saiu acompanhado do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), para dar entrevista. No caminho, a reportagem do UOL questionou Silveira se houve alguma conversa com policiais sobre a tornozeleira. "Não", disse. Questionado sobre o período em que ficou na sala, disse apenas: "Deliberação do meu partido". A nota da Câmara, porém, diz que "o parlamentar foi cientificado e não consentiu a instalação do aparelho”. Segundo informou o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PSD-AM), durante entrevista coletiva, Daniel Silveira permaneceu no plenário da Casa —no fim da tarde, ele deixou o local e foi para a sala da liderança do PTB. Por volta das 18h20, Ramos recebeu o ofício da PF pedindo a autorização para o cumprimento da ordem de Moraes. No despacho de terça, Moraes ressalta que a determinação foi comunicada à Seap do Rio de Janeiro (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado) e à Polícia Federal para sua "imediata efetivação".

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