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segunda-feira, 28/07/2025 | Ano | Nº 6019
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GESTÃO DE RENAN FILHO CHEGA AO FIM SOB INVESTIGAÇÃO

Apurações passam por dívida superior a R$ 10,6 bilhões, folhas fantasmas, abandono de projetos e indícios de superfaturamento

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Governo Renan é alvo investigação do MPE, MPF, MPC e Tribunal de Contas da União
Governo Renan é alvo investigação do MPE, MPF, MPC e Tribunal de Contas da União -

Além das investigações em andamento nos Ministérios Públicos Federal (MPF), Estadual (MPE), de Contas (MPC), Tribunal de Contas da União (TCU), Controlado Geral da União (CGU), Polícia Federal, entre outros órgãos de fiscalização e controle, em quase todas as secretarias e órgãos mais importantes do Executivo estadual, tem ainda os Sindicatos de Servidores Públicos, as associações de policiais civis e militares, o Núcleo pela Auditoria Cidadã da Dívida Pública, deputados e profissionais liberais, apontando diversas “falhas e irregularidades” na gestão Renan Filho (MDB). Os problemas resultaram em desperdício bilionário de dinheiro público, identificados em obras iniciadas nos últimos oito anos sem previsão de término, e pagamento de folhas de servidores e gratificações fantasmas. Ao contrário das imagens da propaganda oficial, o estado vive situações que se assemelham ao sucateamento em pastas fundamentais como a da Educação, Saúde, Segurança Pública, Infraestrutura, Agricultura, entre outras autarquias. Projetos como a construção do Canal do Sertão, iniciada em 1990, dos quais 250 quilômetros previstos tem pouco mais de 120 quilômetros concluídos, já engoliu mais de R$ 3,5 bilhões. Nos últimos oito anos andou apenas 30 quilômetros e está parado por conta das investigações de suspeitas de sobrepreço (superfaturamento). Outro problema que salta aos olhos são as duplicações de rodovias que deveriam estar concluídas há mais de três anos e continuam sem prazo definido de conclusão. A duplicação de 30 quilômetros da AL-101 Norte —de Barra de Santo Antônio a Maceió—, por exemplo, para desespero dos prefeitos da região não chegou nem na metade do previsto. Os problemas são tantos que obrigam o futuro governo tampão e o que for eleito em outubro para assumir a partir de 1º de janeiro de 2023, a promoverem uma profunda auditoria em toda a máquina pública do governo estadual referente a gestão de Renan Filho, instalada a partir de 2015. A recomendação é de parlamentares, sindicatos de servidores estaduais, entidades de militares, economistas e do Núcleo alagoano pela Auditoria Cidadão da Dívida Pública,.

INTERLOCUTORES

O governo, através de interlocutores especiais, reage e garante que “Renan realizou uma gestão marcada por obras esperadas há muito tempo”, disse, por exemplo, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Sílvio Camelo: “O balanço é positivo”, defendem parlamentares da bancada governista. As defesas foram feitas também pelos secretários de Estado da Fazenda, George Santoro, e Rafael Brito, da Educação. Isto, porém, não é o que dizem os deputados Davi Davino, Cabo Bebeto, Jó Pereira, Davi Maia, entre outros, preocupados com a governabilidade futura e com a dívida impagável superior a R$ 10 bilhões. “Renan Filho deixou o governo engessado. Acabou com os cargos técnicos no serviço público, estrangulou a máquina pública, fez aumentar as perdas das menores faixas salariais, aumentou o teto salarial para R$ 35 mil, deixa para o próximo governo uma dívida pública impagável”, afirmam deputados e sindicalistas. Os Ministérios Públicos Federal e Estadual têm investigações em cursos em todas as áreas da gestão Renan Filho. Alguns deputados e sindicatos de servidores protocolaram nos órgãos de fiscalização e controle várias denúncias com documentos que supostamente apontam irregularidades na saúde, na educação, no transporte escolar, nas obras em andamento da Secretaria de Infraestrutura, na Comunicação, Segurança Pública e outras pastas. Foi pedido também uma investigação sobre a não utilização do Canal do Sertão e construções de barragens em áreas sensíveis do semiárido.

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