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EX-GOVERNADOR ENTREGA OBRA INACABADA NO ANTIGO ALAGOINHAS

Espaço foi aberto ao público no fim de semana, e foram justamente visitantes que flagraram problemas

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Turistas denunciam que obras do Marco Referencial do Turismo foi entregue inacabado e diferente do projeto original
Turistas denunciam que obras do Marco Referencial do Turismo foi entregue inacabado e diferente do projeto original -

Antes de dizer ‘adeus’, o então governador Renan Filho (MDB) inaugurou o mirante ‘Marco dos Corais’, onde funcionava o antigo Alagoas Iate Clube, na Ponta Verde, em Maceió, numa cerimônia sem muitas pompas, ocorrida no fim da tarde da última sexta-feira (1º de abril). Ainda não se tem a certeza de quanto custou aos cofres públicos, mas o que se viu foi uma obra inacabada, com fiação exposta e estrutura já danificada. O espaço foi aberto ao público no fim de semana, e foram justamente os visitantes que flagraram os problemas. Eles reclamaram da falta de cuidado com o acabamento, o que dava a entender que a inauguração foi acelerada para acontecer antes de a gestão se despedir do Palácio República dos Palmares. Na manhã desta segunda-feira (4), o local amanheceu com tapumes e fechado para visitação. Quem esteve lá foi impedido de entrar e ainda percebeu a presença de operários fazendo reparos no piso. Não há divulgação da data em que o suposto passeio turístico, maneira como estava sendo divulgada pelo governo, será reaberto. O deputado estadual Davi Maia (União Brasil) foi um dos que criticaram a inauguração. Segundo ele, o ‘Marco dos Corais’ seria uma típica ‘piada de 1º de abril’, em um trocadilho com o Dia da Mentira. “Nada poderia caracterizar mais o Dia da Mentira como a inauguração do Alagoinhas, a maior mentira desse governo. Depois de 07 anos, entregou uma obra inacabada e diferente de tudo o que foi prometido. A pergunta que não quer calar, quanto custou aquilo?”, afirmou o parlamentar. Já Cabo Bebeto (PL) disse lamentar o fato de a população ganhar um espaço completamente diferente do projeto que foi divulgado. “Aquilo iria ser um grande cartão-postal, um grande atrativo para cidade e, no final das contas, foi entregue uma pracinha. Ficou bem feio. Por isso, que sempre falamos de enganação e muita mídia desse governo, que acabou”. As obras no antigo Alagoinhas se arrastavam desde 2016, quando o primeiro projeto de recuperação do local foi apresentado, avaliado em R$ 9,3 milhões, com recursos liberados a partir de emenda do ex-senador Benedito de Lira (Progressistas). O Marco Referencial do Turismo, que seria ali construído, previa uma estrutura diferenciada e que chamaria a atenção de longe. O projeto deu por água abaixo e sofreu uma série de mudanças (pelo menos três). Por fim, se transformou em um simples mirante, que acabou sendo entregue a toque de caixa. O projeto original estava sendo executado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra). Deveria ter sido inaugurado em 2019. Como se não bastassem as indefinições e modificações, em 31 de agosto do ano passado, o Estado foi notificado pela Prefeitura de Maceió e teve que paralisar as obras. O Município concedeu prazo de 10 dias para o governador apresentar o alvará de funcionamento à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (SEDET), sob pena de multa de R$ 23.464,11, e embargou a construção. Foi uma correria intensa na Seinfra e no Instituto Estadual do Meio Ambiente (IMA), para regularizar a situação. O Alagoinhas fechou as portas em 2005, com uma grave crise que os clubes aquáticos sofreram em todo o País. Numa ação de desapropriação, o espaço passou para a propriedade do Estado de Alagoas.

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