Política
AGENTES DE TRÂNSITO FLAGRAM MAIS DE 1.340 INFRAÇÕES POR FALTA DE CINTO
Segundo a legislação, deixar de usar o dispositivo resulta em perda de cinco pontos na carteira


Há duas semanas, um acidente de trânsito com o ex-BBB 22, Rodrigo Mussi, chamou a atenção para a importância de usar o cinto de segurança. Em Alagoas, esse tipo de infração é comum. Segundo dados do Detran/AL, entre janeiro e fevereiro de 2022, foram registradas 419 infrações por falta do uso do equipamento. Já em 2020, foram mais de 2 mil ocorrências. Somente nos primeiros meses deste ano, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) contabilizou 942 infrações pelo não uso do cinto de segurança nas vias da capital. Utilizar o dispositivo pode salvar vidas, evitando o arremesso de pessoas para fora do veículo, como também os riscos de lesões na cabeça, pescoço e coluna, no momento de um acidente.
INFRAÇÃO GRAVE
Sérgio Oliveira, chefe de planejamento de fiscalização do Detran/AL, explica que esse tipo de infração é considerada grave e que motoristas podem perder pontos na carteira. “‘Essa infração é considerada grave e causa a perda de cinco pontos na carteira, além da retenção do veículo até a regularização da situação. Ou seja, o policial para o veículo e ele só sai dali com a situação regularizada. Ou com o passageiro com o cinto de segurança ou ele fora do carro. A infração também causa uma multa pecuniária no valor de R$ 195,23”. E acrescenta: “O cinto de segurança é obrigatório em todos os ocupantes do veículo, pois é um equipamento de segurança que está previsto no Código de Trânsito. É uma obrigação salvar vidas”. Sérgio também alerta: “O condutor que sair de casa e ir para qualquer lugar, seja perto ou não, tem que usar o cinto. É uma responsabilidade do condutor”. O ex-BBB Rodrigo Mussi estava em um carro por aplicativo que se chocou com um caminhão, na Marginal Pinheiro, em São Paulo. O motorista disse que “provavelmente” cochilou ao volante. Rodrigo estava sem o cinto e foi o único que teve ferimentos graves. “Motoristas de táxi e app devem exigir que o passageiro, no banco da frente ou traseiro, use o cinto de segurança. Isso evita mortes em caso de acidentes”, concluiu Sérgio.
PROTEÇÃO
Além de ser um item obrigatório de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o item garante proteção ao condutor e aos passageiros, sendo responsável por diminuir os danos causados com o impacto do veículo em acidentes. O CTB distingue que não usar o dispositivo resulta em infração de natureza grave, penalidade com aplicação de multa no valor de R$ 195,23, perda de 5 pontos na CNH, e a medida administrativa é a retenção do veículo até a utilização do dispositivo da maneira correta. “Estudos técnicos apontam que a utilização do cinto de segurança reduz em até 70% a chance de uma pessoa não ser vitimada numa situação que envolva acidentes, colisões e sinistros de trânsito. Essa utilização se faz importante para todos que estão dentro de um veículo em movimento, tanto para condutores quanto para os passageiros, para garantir que o trânsito seja cada vez mais seguro”, alertou o diretor de Operações de Mobilidade, Ricardo Duarte.
USO CORRETO
Para garantir o funcionamento preciso do equipamento, é necessário saber a maneira correta de utilizar o cinto. O primeiro passo é ajustar o banco do veículo, de maneira que a região dos ombros fique encostada no banco e a cabeça centralizada no encosto.
Em seguida, puxar a alça de maneira que a faixa superior passe e se fixe sobre o ombro e o tórax, e a faixa inferior esteja posicionada na região dos quadris. Por último, encaixar a fivela até sentir e ouvir o clique.
O QUE EVITAR?
Evite colocar o encosto do banco muito para trás; Não utilize o cinto com a faixa torcida ou dobrada; As faixas do cinto não devem estar fixadas em regiões, como pescoço e barriga; Não utilize aparatos para aumentar a folga do cinto, como presilhas e pregadores; Nunca passe a alça do cinto por baixo do braço.