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Nº 5595
Política

CALOTE DOS RESPIRADORES DO NE TEM NOVOS DESDOBRAMENTOS MS e deputado alagoano da CPI do RN responsabilizam governadores por prejuízo de R$ 49 milhões ARNALDO FERREIRA REPÓRTER A operação Cianose da Polícia Federal está recolhendo mais documentos nos estados do Nordeste e deve realizar novas operações a qualquer momento contra os envolvidos na transação com respiradores para atender vítimas da Covid-19 na região. Os governadores são os principais alvos, no caso de Alagoas na gestão passada, porqu

MS e deputado alagoano da CPI do RN responsabilizam governadores por prejuízo de R$ 49 milhões

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 21/05/2022 - Matéria atualizada em 21/05/2022 às 04h00

A operação Cianose da Polícia Federal está recolhendo mais documentos nos estados do Nordeste e deve realizar novas operações a qualquer momento contra os envolvidos na transação com respiradores para atender vítimas da Covid-19 na região. Os governadores são os principais alvos, no caso de Alagoas na gestão passada, porque os gestores pagaram antecipadamente por equipamentos que nunca chegaram aos hospitais da região. A informação é do deputado Davi Maia (UB/AL), que integra a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, instaurada para investigar a suposta fraude e lavagem de dinheiro na aquisição de 300 ventiladores pulmonares no início da pandemia do coronavírus e que causou um prejuízo de R$ 49 milhões aos nove estados do Nordeste. O Ministério da Saúde também cobrou responsabilidade do consórcio Nordeste. O governo passado de Alagoas pagou, de forma antecipada, R$ 5 milhões por 32 respeitadores que não chegaram ao Estado. Até agora, não houve ressarcimento do prejuízo. “Os respiradores sumiram”, disse Maia, sem adiantar mais detalhes sobre as investigações. Nem os órgãos de fiscalização e controle nem a Polícia Federal adiantam informações sobre investigações em andamento.

MINISTÉRIO

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao participar da solenidade de entrega de um Acelerador Linear para o Centro de Oncologia do Hospital Universitário, cobrou responsabilidade do Consórcio Nordeste, criticou a transação de compra dos respiradores que, segundo ele, gerou prejuízos aos cofres públicos e a saúde dos nordestinos no auge da pandemia de Covid-19. “Tinha um consórcio que funcionou aqui no Nordeste e eu pergunto: Quantas doses de vacina trouxeram para a região? A operação Cianose contínua para reaver o dinheiro aplicado nesta transação com os equipamentos [respiradores pulmonares] que nunca chegaram aos estados”, Durante a coletiva com a imprensa, ao rebater as críticas de que o governo federal demorou a investir no combate à pandemia, o ministro lembrou que o Brasil tinha 23 mil leitos de UTI do Sistema Único de Saúde, no pico da Pandemia aumentou para 45 mil leitos e foi aplicado mais de R$ 1,2 bilhão para a área de Terapia Intensiva. O Ministério da Saúde comprou e distribuiu 17 mil respiradores. “Nós tivemos que reconstruir o SUS, recuperar a capacidade da Fiocruz produzir vacina com o Infa [matéria prima as vacinas] nacional”, afirmou o ministro, ao rebater as críticas da oposição. Para este momento, de novos casos de variantes da Covid 19 no País, o ministro afirmou que a estratégia é a de sempre: “fortalecer o sistema de saúde e mais vacina”. Queiroga afirmou que o número de casos e de contaminados diminuiu. “Distribuímos mais de 480 milhões de doses”. Sobre as investigações a respeito dos respiradores pagos e que nunca chegaram no nordeste, demonstrou que o Ministério da Saúde acompanha o trabalho de investigação dos órgãos de fiscalização e controle e da Polícia Federal, mas não adiantou detalhes desse acompanhamento para não atrapalhar o trabalho dos órgãos de fiscalização e controle.

PREJUÍZOS

Outro que acompanha o caso dos respiradores é o deputado Davi Maia. “Alagoas perdeu R$ 5 milhões e um dos processos de aquisição de aparelhos e mais R$ 600 mil em outro processo. Os 32 respiradores, ou melhor, mais de 300 equipamentos comprados pelos governadores do Nordeste sumiram. Recentemente, ocorreu uma operação da PF nos estados e as investigações continuam”. O caso é investigado, segundo o deputado, pela Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e Polícia Federal. “Tem várias linhas de investigação em curso nos nove estados do Nordeste, envolvidos neste caso que gerou um prejuízo superior a R$ 49 milhões”. Maia disse ainda que os responsáveis por esta transação são os governadores. No caso de Alagoas, de acordo com o parlamentar, a responsabilidade é da gestão passada. “O ex-governador comprou os equipamentos, pagou antecipado, não recebeu e não moveu ação efetiva para reparar os prejuízos” O deputado disse que fez cobranças documentais à gestão passada, levou o caso ao Ministério Público Estadual, MP de Contas, Controladoria Geral do Estado que estão trabalhando no caso. Os órgãos de fiscalização e controle não adiantam o andamento das investigações nem para o deputado.

OPERAÇÃO CIANOSE

O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nas redes sociais, na segunda-feira (2), que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) têm avançado na Operação Cianose, que apura suposta fraude e lavagem de dinheiro na aquisição de 300 ventiladores pulmonares no início da pandemia de Covid-19 pelo Consórcio Nordeste. Em Alagoas, o golpe aos cofres públicos ultrapassa R$ 5 milhões em duas aquisições destes equipamentos via colegiado. Segundo Bolsonaro, os órgãos federais estão empenhados no combate aos desvios dos recursos, que podem alcançar R$49 milhões, se o valor for somado ao calote sofrido pelos nove estados nordestinos. À época da contratação feita pelo Consórcio Nordeste, todo o País estava em uma crescente no número de casos de Covid-19, forçando os Estados e municípios a abrirem novas unidades de atendimento, com ampliação da quantidade de leitos em UTI. “Assim, os desvios promovidos pela empresa contratada e demais envolvidos deixou a população de nove Estados – que abrangem 1.793 municípios e quase 60 milhões de pessoas – carentes não apenas de equipamentos imprescindíveis para a sobrevivência dos que foram acometidos da forma mais grave de Covid-19, como também de recursos que poderiam ser aplicados em diversas outras ações de prevenção e combate à pandemia”, afirmou o presidente da República, ao acrescentar que, dentre os equipamentos médicos de urgência e emergência mais necessários e mais adquiridos durante a pandemia, os ventiladores pulmonares tiveram destaque, notadamente, pela característica de a doença de ocasionar o comprometimento extenso dos pulmões nos casos mais graves. Para o deputado estadual Davi Maia (União Brasil), um dos que trabalharam para que a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) investigasse o calote, os governadores do Nordeste fizeram o que estavam ao alcance deles para evitar que a operação da Polícia Federal acontecesse. Na opinião do parlamentar, os governadores, incluindo o ex-governador Renan Filho (MDB), são corresponsáveis pelo golpe. Ele acrescentou que há delações, transferência de recursos e a prova cabal de que os respiradores nunca chegaram aos seus destinos, que eram os hospitais da região. A PF deflagrou a operação Cianose há duas semanas. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, em quatro diferentes Unidades da Federação (Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia), todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. As buscas contaram com a participação de auditores da CGU. A investigação apontou que o processo de aquisição contou com diversas irregularidades, como o pagamento antecipado de seu valor integral, sem que houvesse no contrato qualquer garantia contra eventual inadimplência por parte da contratada. Ao fim, nenhum respirador foi entregue. Em nota, o Consórcio Nordeste afirmou que a aquisição conjunta de ventiladores pulmonares observou todos os requisitos legais. “O Consórcio foi vítima de uma fraude por parte de empresários que receberam o pagamento e não entregaram os aparelhos, fato que foi imediatamente denunciado pelo próprio Consórcio Nordeste às autoridades policiais e ao judiciário, através de ação judicial que resultou na prisão desses empresários e no bloqueio de seus bens”, diz a nota. Calote dos respiradores do Nordeste tem novos desdobramentos Ministério da Saúde e deputado alagoano da CPI do RN responsabilizam governadores por prejuízo de R$49 milhões pagos antecipados pelos equipamentos que “sumiram” Arnaldo Ferreira, repórter A operação Cianose da Polícia Federal está recolhendo mais documentos nos estados do Nordeste e deve realizar novas operações a qualquer momento contra os envolvidos na transação com respiradores para atender vítimas da Covid-19 na região. Os governadores são os principais alvos, no caso de Alagoas na gestão passada, porque os gestores pagaram antecipadamente por equipamentos que nunca chegaram aos hospitais da região. A informação é do deputado Davi Maia (UB/AL), que integra a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, instaurada para investigar a suposta fraude e lavagem de dinheiro na aquisição de 300 ventiladores pulmonares no início da pandemia do coronavírus e que causou um prejuízo de R$ 49 milhões aos nove estados do Nordeste. O Ministério da Saúde também cobrou responsabilidade do consórcio Nordeste. O governo passado de Alagoas pagou, de forma antecipada, R$ 5 milhões por 32 respeitadores que não chegaram ao Estado. Até agora, não houve ressarcimento do prejuízo. “Os respiradores sumiram”, disse Maia, sem adiantar mais detalhes sobre as investigações. Nem os órgãos de fiscalização e controle nem a Polícia Federal adiantam informações sobre investigações em andamento. Ministério O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao participar da solenidade de entrega de um Acelerador Linear para o Centro de Oncologia do Hospital Universitário, cobrou responsabilidade do Consórcio Nordeste, criticou a transação de compra dos respiradores que, segundo ele, gerou prejuízos aos cofres públicos e a saúde dos nordestinos no auge da pandemia de Covid-19. “Tinha um consórcio que funcionou aqui no Nordeste e eu pergunto: Quantas doses de vacina trouxeram para a região? A operação Cianose contínua para reaver o dinheiro aplicado nesta transação com os equipamentos [respiradores pulmonares] que nunca chegaram aos estados”, Durante a coletiva com a imprensa, ao rebater as críticas de que o governo federal demorou a investir no combate à pandemia, o ministro lembrou que o Brasil tinha 23 mil leitos de UTI do Sistema Único de Saúde, no pico da Pandemia aumentou para 45 mil leitos e foi aplicado mais de R$ 1,2 bilhão para a área de Terapia Intensiva. O Ministério da Saúde comprou e distribuiu 17 mil respiradores. “Nós tivemos que reconstruir o SUS, recuperar a capacidade da Fiocruz produzir vacina com o Infa [matéria prima as vacinas] nacional”, afirmou o ministro, ao rebater as críticas da oposição. Para este momento, de novos casos de variantes da Covid 19 no País, o ministro afirmou que a estratégia é a de sempre: “fortalecer o sistema de saúde e mais vacina”. Queiroga afirmou que o número de casos e de contaminados diminuiu. “Distribuímos mais de 480 milhões de doses”. Sobre as investigações a respeito dos respiradores pagos e que nunca chegaram no nordeste, demonstrou que o Ministério da Saúde acompanha o trabalho de investigação dos órgãos de fiscalização e controle e da Polícia Federal, mas não adiantou detalhes desse acompanhamento para não atrapalhar o trabalho dos órgãos de fiscalização e controle. Prejuízos Outro que acompanha o caso dos respiradores é o deputado Davi Maia. “Alagoas perdeu R$ 5 milhões e um dos processos de aquisição de aparelhos e mais R$ 600 mil em outro processo. Os 32 respiradores, ou melhor, mais de 300 equipamentos comprados pelos governadores do Nordeste sumiram. Recentemente, ocorreu uma operação da PF nos estados e as investigações continuam”. O caso é investigado, segundo o deputado, pela Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e Polícia Federal. “Tem várias linhas de investigação em curso nos nove estados do Nordeste, envolvidos neste caso que gerou um prejuízo superior a R$ 49 milhões”. Maia disse ainda que os responsáveis por esta transação são os governadores. No caso de Alagoas, de acordo com o parlamentar, a responsabilidade é da gestão passada. “O ex-governador comprou os equipamentos, pagou antecipado, não recebeu e não moveu ação efetiva para reparar os prejuízos” O deputado disse que fez cobranças documentais à gestão passada, levou o caso ao Ministério Público Estadual, MP de Contas, Controladoria Geral do Estado que estão trabalhando no caso. Os órgãos de fiscalização e controle não adiantam o andamento das investigações nem para o deputado. Federal O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nas redes sociais, na segunda-feira (2), que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) têm avançado na Operação Cianose, que apura suposta fraude e lavagem de dinheiro na aquisição de 300 ventiladores pulmonares no início da pandemia de Covid-19 pelo Consórcio Nordeste. Em Alagoas, o golpe aos cofres públicos ultrapassa R$ 5 milhões em duas aquisições destes equipamentos via colegiado. Segundo Bolsonaro, os órgãos federais estão empenhados no combate aos desvios dos recursos, que podem alcançar R$49 milhões, se o valor for somado ao calote sofrido pelos nove estados nordestinos. À época da contratação feita pelo Consórcio Nordeste, todo o País estava em uma crescente no número de casos de Covid-19, forçando os Estados e municípios a abrirem novas unidades de atendimento, com ampliação da quantidade de leitos em UTI. “Assim, os desvios promovidos pela empresa contratada e demais envolvidos deixou a população de nove Estados – que abrangem 1.793 municípios e quase 60 milhões de pessoas – carentes não apenas de equipamentos imprescindíveis para a sobrevivência dos que foram acometidos da forma mais grave de Covid-19, como também de recursos que poderiam ser aplicados em diversas outras ações de prevenção e combate à pandemia”, afirmou o presidente da República, ao acrescentar que, dentre os equipamentos médicos de urgência e emergência mais necessários e mais adquiridos durante a pandemia, os ventiladores pulmonares tiveram destaque, notadamente, pela característica de a doença de ocasionar o comprometimento extenso dos pulmões nos casos mais graves. Para o deputado estadual Davi Maia (União Brasil), um dos que trabalharam para que a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) investigasse o calote, os governadores do Nordeste fizeram o que estavam ao alcance deles para evitar que a operação da Polícia Federal acontecesse. Na opinião do parlamentar, os governadores, incluindo o ex-governador Renan Filho (MDB), são corresponsáveis pelo golpe. Ele acrescentou que há delações, transferência de recursos e a prova cabal de que os respiradores nunca chegaram aos seus destinos, que eram os hospitais da região. A PF deflagrou a operação Cianose há duas semanas. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, em quatro diferentes Unidades da Federação (Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia), todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. As buscas contaram com a participação de auditores da CGU. A investigação apontou que o processo de aquisição contou com diversas irregularidades, como o pagamento antecipado de seu valor integral, sem que houvesse no contrato qualquer garantia contra eventual inadimplência por parte da contratada. Ao fim, nenhum respirador foi entregue. Em nota, o Consórcio Nordeste afirmou que a aquisição conjunta de ventiladores pulmonares observou todos os requisitos legais. “O Consórcio foi vítima de uma fraude por parte de empresários que receberam o pagamento e não entregaram os aparelhos, fato que foi imediatamente denunciado pelo próprio Consórcio Nordeste às autoridades policiais e ao judiciário, através de ação judicial que resultou na prisão desses empresários e no bloqueio de seus bens”, diz a nota

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