app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5814
Política

Rolagem: ALE n�o convocar� D�ria

A bancada do governo na Assembléia Legislativa decidiu rejeitar a convocação do secretário da Fazenda, Sérgio Dória, para explicar a rolagem da dívida mobiliária de Alagoas. O requerimento, apresentado pelo deputado Paulo Nunes (PT), foi derrotado em plen

Por | Edição do dia 17/04/2002 - Matéria atualizada em 17/04/2002 às 00h00

A bancada do governo na Assembléia Legislativa decidiu rejeitar a convocação do secretário da Fazenda, Sérgio Dória, para explicar a rolagem da dívida mobiliária de Alagoas. O requerimento, apresentado pelo deputado Paulo Nunes (PT), foi derrotado em plenário por dez votos a cinco, após recomendação do líder governista, deputado Petrúcio Bandeira (PSB). Os parlamentares rejeitaram a convocação mesmo depois de o secretário admitir que iria. Ontem pela manhã, em entrevista concedida à imprensa, Sérgio Dória demonstrou interesse de esclarecer à Assembléia como será a operação, que vai incluir R$ 1,2 bilhão em Letras Financeiras do Tesouro Estadual (LFTE). “Minha presença diante dos deputados seria uma boa oportunidade para o governo mostrar que está trabalhando de forma transparente na questão da rolagem da dívida e da utilização dos recursos”- declarou o secretário da Fazenda. Ao rejeitar apoio à convocação de Dória, a liderança do governo esclareceu que só aceitaria dar o aval se a presença dele fosse na Comissão de Orçamento do Legislativo, que é composta de cinco membros. A oposição lamentou a posição dos governistas. Para o deputado Paulo Fernando (PT), por exemplo, a rejeição do requerimento acaba com a possibilidade do debate. De acordo com ele, muita coisa poderia ser melhor explicada na rolagem, tendo em vista o questionamento judicial das Letras e o valor da dívida que o Estado vai assumir. “Na época em que os títulos foram emitidos, o Estado captou R$ 232 milhões. Aplicando-se sobre este valor o Índice Geral de Preços (IGP) da Fundação Getúlio Vargas, o valor corrigido seria de R$ 369 milhões. Se for aplicada a correção da poupança, ele será de R$ 468 milhões. Queremos saber porque o governo está assumindo R$ 1,2 bilhão”, disse Paulo Fernando. O autor do requerimento, deputado Paulo Nunes, disse que o secretário da Fazenda também poderia conversar com os parlamentares sobre como serão utilizados os recursos do deságio na operação. Estima-se que o Estado terá cerca de R$ 360 milhões dos credores, segundo já revelou Sérgio Dória. “A Assembléia quer participar do processo, acompanhando a aplicação do dinheiro”, afirmou Nunes. Objetivo político Ao explicar a posição dos governistas, o deputado Petrúcio Bandeira disse que o requerimento do PT tem objetivo político. “O governo não se nega a discutir e nem tem receio de nada. O secretário tem dado todos os esclarecimentos, inclusive à imprensa. A Assembléia tem sido um importante instrumento de debate, mas para o PT tem sido instrumento oposicionista”, declarou.

Mais matérias
desta edição