Política
Assembl�ia convoca 24 m�dicos para retornarem ao trabalho

Vinte e quatro médicos da Assembléia Legislativa do Estado (ALE), que não compareciam há vários anos naquela Casa, foram convocados ontem pela Mesa Diretora para voltar ao trabalho. Eles têm prazo de cinco dias para se apresentar ao Departamento de Recursos Humanos, que está reestruturando o Serviço Médico do Legislativo. ?Quem não comparecer terá o salário cortado?, avisou ontem o presidente da Assembléia, deputado Antônio Albuquerque (PTB). Outra portaria, publicada por ele na segunda-feira, reativou a Junta Médica do Poder, que também estava desativada há mais de dez anos. A Junta será presidida pelo dr. Roberto Fernando de Uzeda Lima, também convocado na relação de ontem. O número de médicos que recebiam sem trabalhar surpreendeu até os parlamentares. Em média, há quase um profissional para cada deputado. Antônio Albuquerque admite que terá dificuldades para acomodar todos na Assembléia, mas disse que eles vão ter de trabalhar. ?O Serviço Médico já está funcionando?, afirmou. De acordo com o presidente, não é justo que a Assembléia tenha vários profissionais e não possua uma junta ou serviço médico funcionando. De repente, destaca ele, um deputado ou funcionário pode sofrer um enfarte, e não há naquela Casa quem faça o socorro. ?Vai ser preciso levar para um hospital, enfrentando todo o trânsito do Centro?, acrescentou. Albuquerque reconhece que a Assembléia tem vários outros funcionários sem trabalhar. Mas disse que, em relação aos médicos, faz questão que eles trabalhem. ?Os outros ficam para a próxima etapa?, declarou. Atualmente, o Poder possui mais de mil funcionários efetivos, além dos comissionados e inativos. Há quatro anos, o quadro de pessoal da Assembléia era superior a cinco mil. O valor da folha, encontrada pela Mesa Diretora da época, estava em torno de R$ 7 milhões. Com o Plano de Desligamento Voluntário (PDV), o afastamento dos irregulares e a contenção do duodécimo, o efetivo baixou para cerca de 2 mil servidores, incluindo os comissionados. Mas muitos continuam sem lotação e recebendo apenas os salários.