Política
CONSELHEIRO DO TCE VAI À PGR PARA PROCESSAR COLEGA
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O conselheiro Rodrigo Cavalcante, do Tribunal de Contas de Alagoas, acusa o também conselheiro Anselmo Brito de injúria e difamação e pediu à Procuradoria-Geral da República para que o órgão entre com uma Ação Penal Pública contra Brito. Essas informações e as seguintes foram publicadas nesta quarta-feira (1º) pelo jornalista Ricardo Mota, em seu blog no site Cada Minuto. O pedido é decorrente de um episódio ocorrido durante sessão do órgão, em 14 de dezembro de 2021. Rodrigo Cavalcante acusa Brito de ter feito insinuações referentes a sua sexualidade. Na peça enviada à Procuradoria, o conselheiro que se diz ofendido destaca algumas falas que teriam sido proferidas por Anselmo Brito, após Rodrigo Cavalcante ter solicitado informações sobre o processo em que discutiam no momento da sessão. Para Cavalcante, em sua fala, Brito teria defendido que o pedido de informação se deu em decorrência das preferências sexuais de Cavalcante. Em uma das falas, Anselmo Brito diz: “Mais uma vez eu reitero, eu tenho companheira, eu tenho filhos, eu tenho família e até o momento eu não tenho outros tipos de preferência, se é que o senhor me entende. Por favor, está pegando mal, vamos parar com isso, por favor, excelência. Eu não sou culpado das coisas que aconteçam na sua vida. Não são insinuações, são constatações excelência." Outra fala de Brito destacada na peça: "Excelência, me desculpa, mas eu não nutro ciúme por qualquer outra pessoa, ainda mais homem. [...]Excelência, eu tenho família, pega muito mal se minha companheira começa a assistir essas sessões e começa a ver essas coisas, Vossa Excelência sabendo onde eu estou, se eu estou em casa, se eu não estou, se estou em Maceió e se é isso e se é aquilo, pormenores, coisas pequenas Excelência. Vossa Excelência não se apequene, Vossa Excelência é Conselheiro, pare com essas coisas, já está chamando a atenção, as pessoas já comentam.” No pedido para a representação à PGR, Rodrigo Cavalcante alega que Brito considerou que a atuação do colega de trabalho seria fruto de ciúme, preferência sexual e uma situação médica, colocando sob suspeita a atuação de Cavalcante como conselheiro do Tribunal de Contas.